29 junho 2007

IVON CURI


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Posso até ser “tirado do ar”, mas isto não é propaganda comercial. De há muito eu comentava com as pessoas sobre as belíssimas e engraçadas canções interpretadas pelo cantor e show-man Ivon Curi. Muitos de vocês não o conheceram ou mesmo ouviram falar dele. Talvez em filmes brasileiros antigos, mas quem os vê? Poucos se interessam.

Baião, xote, balada, valsa, enfim, músicas de temas e ritmos os mais variados possíveis, tudo ficava bem na voz e interpretações do Ivon. Das minhas canções prediletas cantadas por ele destacavam-se Montanha Russa, Menino de Braçanã (que eu cantava baixinho), Comida de Pensão, Sob os Céu de Paris (Sous le ciel de Paris), Xote das Meninas, Cara do Pai e tantas outras. Com uma versatilidade impressionante passava do humorismo ingênuo ao romantismo "realizável".

Tinha saudades de ouvir novamente essas canções. Mas onde encontrá-las? Na Internet? Nada. Nos 78 rpm, compact simples, duplo, 33, 45 rpm, impossível. Até que ontem consegui adquirir, por puro acaso, um CD do Ivon, uma “Seleção histórica com os seus grandes sucessos”... Nostalgia pura (como diz o Eduardo e o Lord Broken, uma "relíquia" diria a Helô, ainda que o CD seja novo). Apesar de não estar mais entre nós, o Ivon continua sendo o grande intérprete de sempre.

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Imagem da internet / CLIQUE AQUI, por indicação do nosso caro leitor Strix, um momento histórico da nossa TV (YouTube) (aumente o volume).
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27 junho 2007

PAN-AMERICANO RIO 2007 - Estádio João Havellange




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A Engenharia-civil e a Arquitetura são ciências maravilhosas, mágicas. É incrível como tranformam riscos e rabiscos em realidade muito concreta. Quem diria que este magnífico e moderno estádio saíria dos papéis, das pranchetas, dos autocads e estaria pronto este ano?

E atenção! A foto não é uma maquete... O estádio está lá, bonito, imponente, para ser usado e admirado. Atrasos? Imperfeições? Aconteceram até na Copa do Mundo da grande Alemanha, e até dos USA.

É claro, é humano, é compreensível, muita gente estará torcendo contra, não de inveja, talvez de ciúme. O mesmo ciúme que muitas vezes leva o marmanjo a torcer para que a mocinha bonita que passou sem lhe dar atenção tropece no meio-fio ou quebre o salto das sandálias...

Vamos, pois, não somente apoiar, mas participar de uma forma ou de outra dos JOGOS PAN-AMERICANOS RIO 2007...

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Clique sobre a foto para ampliá-la
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26 junho 2007

A VELHA ESTRADA DE SANTOS


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Quando jovem (quase adolescente) eu sempre passava as férias em Santos. Viajava até São Paulo pelo Expresso Cometa, cuja sede ficava na Avenida Ipiranga. Ali se fazia embarque, desembarque e compra de passagens.

Para chegar mais rápido a Santos, eu pegava o famoso Expresso Zephyr... Duas empresas exploravam este transporte rápido para a Baixada Santista: uma utilizava os veículos de passeio Simca Chambord, e a outra, os Aero Willys.

Só “decolavam” com a lotação completa: três passageiros no banco de trás e dois no da frente, sem contar o motorista (ou “piloto”). Cintos de segurança? Acho que nem em filmes americanos tinha isso.

Quando disse “decolavam” é porque decolavam mesmo. Faziam o trajeto pela Via Anchieta em 40 minutos, em meio a intensa cerração, os pneus cantando pela velha estrada sempre molhada, sem acostamento ou muretas de proteção. Se existiam, eu não as enxergava.

Certa vez o meu cunhado me preveniu que era comum carros “voarem” da Anchieta para o meio da floresta espessa das montanhas. Mas eu não me incomodava com isso.

Vibrava muito com aquela viagem maravilhosa pela serra. Quando se é jovem, além do espírito de aventura, achamos que a nossa ausência não faz muita diferença. Seria este o motivo? Pode até ser. Mas que era divertido era...

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Na foto: Simca Chambord 1959
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24 junho 2007

SOBRE IPÊS


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Mundo maravilhoso este dos blogues. Outro dia publiquei uma história pessoal na qual eu contava como tínha feito ao pé de um ipê um "Memorial a Billy Joe", nosso cãozinho de estimação. Recebi de uma amiga, bióloga, atendendo a um pedido meu, maiores informações sobre aquela bonita árvore. Não vou dizer seu nome, mas ainda que correndo o risco de vê-la zangada com este escriba pela indiscrição cometida, reproduzo a seguir o seu texto:

"(...) Não sou especialista em árvores, mas até onde sei o ipê é uma árvore de crescimento lento. Além disso, costumamos chamar de ipê duas plantas de tamanhos bem diferentes, mas com flores parecidas. O ipê verdadeiro é a árvore de grande porte, considerada símbolo do Brasil. O falso ipê é menor e seu tronco é bem mais fino."

Nota: A foto do ipê que ilustra o post (a árvore tem cerca de 20m de altura) foi tirada hoje, domingo de manhã, e é dedicada à autora do texto e aos nossos dezoito (se tanto) fiéis leitores...
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Foto de Adelino P. Silva
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19 junho 2007

VOCÊ ACREDITA EM BIORRITMO?


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Você se lembra quando a teoria do biorritmo estava em alta, ocupando espaços em revistas, jornais e em inúmeros livros publicados? Provavelmente poucos de vocês se lembram.

Na época, a revista Seleções do Reader´s Digest publicou o artigo “BIORRITMIA, O PORQUÊ DOS DIAS BONS E MAUS”. Subtítulo: “Esta fascinante teoria pode ajudar a explicar por que alguns dos nossos dias parecem sempre ´bons´ e outros são deprimentemente ´maus´”.

A grosso modo a vida de uma pessoa tem três ciclos principais a partir do dia em que nasce: físico, emocional e intelectual. Dependendo deles, entre outras coisas que possam imaginar, pilotos não pilotariam em dias de baixa, jogadores não jogariam, juizes não apitariam, blogueiros não blogariam...

Na ocasião, interessado no assunto, lia tudo o que dissesse respeito a isso, fiz testes, anotações e observações para verificar se funcionava...
A coisa era complicada, e exigia até habilidade manual, tesoura, cola, e o resultado, pouco confiável. Basta ver, em síntese, as instruções da Reader´s Digest, de 1976, para o cálculo do biorritmo de uma pessoa ou o nosso próprio:

“1 – Multiplique a sua idade atual por 365.
2 – Divida a sua idade atual por 4. Acrescente o número inteiro do quociente ao que tiver encontrado para o item 1. Despreze o resto.
3 – Conte os dias desde o seu último aniversário até o primeiro dia do gráfico (...) Adicione ao resultado esse resultado à soma dos resultados dos itens 1 e 2 (...).
4 – Divida (faço você mesmo a divisão; não utilize máquina de calcular) esse número total de dias por 23, 28 e 33. Vá tomando nota dos restos, pois eles são importantes.
5 – Recorte as réguas curvas à esquerda e cole-as em papelão; depois recorte este pelos contornos das réguas... (...)
6 – Na régua do ciclo físico, procure o número que representa o resto que você achou quando dividiu o número de dias que você viveu (...) Trace a curva do gráfico,em vermelho (...)” etc. etc. etc.

Enfim, uma “lenha”. Coisa para o Valter que, não tendo o que fazer, pinta e repinta os portões de sua casa... Basta ver na foto o kit que montei a partir daquilo tudo, e que até hoje está entulhando a minha estante. Não tenho coragem de jogá-lo fora. O progresso veio chegando, e os “cérebros eletrônicos” calculavam melhor, com mais rapidez, mais segurança. Algumas empresas elaboravam e entregavam mediante, claro, um polpudo boleto bancário quitado, milhares de biorritmos devidamente analisados e documentados.

Pois então, outro dia, por acaso, tive a agradável surpresa de descobrir um site no qual pode-se calcular automaticamente o biorritmo de maneira muito simples e clara. E de graça. Basta entrar com o dia, mês e ano de seu nascimento. Ficou fácil. Se você acredita em biorritmo, antes de sair de casa dê uma olhada nele; se for o caso, não marque sua loteria e nem faça aquela prova na escola ou faculdade. Seu ciclo intelectual pode estar abaixo da coordenada abscissa... Não faça cooper e nem se comprometa com aquela pelada no sábado sem ver como está o seu ciclo físico (pode estar pra baixo ou descendente). E não contrarie esposas e namoradas se, no caso, for o emocional...

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Interessado? Clique aqui BIORRITMO (procure no lado esquerdo "Biorritmo")
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16 junho 2007

PRÊMIO BLOG COM TOMATES


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A SONIA gentilmente me atribuiu o prêmio Blog Com Tomates. Por pura bondade dela, claro. A honra é grande, mas a dificuldade em distribuí-lo para outros cinco amigos blogueiros é mais difícil ainda. Mas quem se mete a ser blogueiro não foge à luta. Vamos lá. As minhas indicações para o Prêmio Blog Com Tomates são as seguintes:

ANDRÉIA NERY
ANUNCIAÇÃO
ÍTALO DE PAULA
MÁRCIA(clarinha)
MEIRE

Sugiro, para que não se crie um círculo vicioso, que os indicados não retribuam os prêmios para os já comtemplados.

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Nota: não coloquei os links simplesmente porque não sei como proceder. Minhas desculpas. EM TEMPO: Sem problema de links. O Eduardo P.L. acabou de me ensinar como proceder. Valeu, Eduardo!!!
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O CRISTO REDENTOR SERIA ASSIM...


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Vale a pena voltar ao assunto.
Muito se fala dos esboços iniciais da estátua do Cristo Redentor criados pelo artista plástico Carlos Osvaldo, em 1921, mas quase ninguém os viu. Neles o artista imaginou "Cristo carregando uma cruz, com um globo terrestre nas mãos, sobre um pedestal que simbolizaria o mundo." Mas, segundo o noticiário da época, o povo carioca optou pelo projeto atual, também de autoria do mesmo artista, Carlos Oswaldo: o Cristo de braços abertos, como hoje é conhecido em todo o mundo. O projeto foi executado pelo eng. Heitor da Silva Costa, com a colaboração do eng. francês de origem polonesa Paul Landowski. A pedra fundamental foi lançada em 1921, a construção começou em 1926, e terminou em 1931, sendo inaugurado em 12 de outubro deste mesmo ano.

Bem, como eu disse, do tal projeto inicial pouco - ou quase nada - foi mostrado no atual esforço para colocar o Cristo entre as 7 Maravilhas do Mundo. Mas fomos achá-lo emoldurando a capa de um exemplar da preciosa revista EU SEI TUDO, de janeiro de 1924, devidamente catalogada (não é Valter?) em nossa "seboteca..."

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Imagem original da capa, escaneada por Adelino P. Silva
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15 junho 2007

MARCELLO MASTROIANNI


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Publicaremos a partir de hoje, apesar dos prováveis protestos do Valter e do Eduardo, imagens também de astros do cinema. Começamos com o grande ator italiano Marcello Mastroianni, sugestão da nossa leitora Raquel, a quem dedicamos este post inaugural...
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Marcello Mastroianni (Marcello Vincenzo Domenico Mastrojanni) nasceu em Fontana Liri, Itália, em 28/09/1924. É o ator italiano mais conhecido no mundo em todos os tempos. Projetista, foi preso pelos alemães durante a Segunda Guerra Mundial, passou algum tempo num campo de concentração, mas conseguiu fugir para Veneza. Com a vitória dos aliados e a conseqüente libertação da Itália, foi para Roma, onde ingressou num grupo de teatro amador. Seu trabalho chamou a atenção de Visconti, por quem foi dirigido no filme Um Rosto na Noite (1957), seu primeiro grande sucesso. No papel de um jornalista em A Doce Vida, de Fellini (1960), ganhou notoriedade mundial. Ator versátil destacou-se tanto em filmes românticos quanto em comédias leves. Obteve três indicações para o Oscar. Apesar de oficialmente casado desde 1950, teve diversos relacionamentos amorosos, entre os quais com Catherine Deneuve, com quem teve uma filha. Marcello Mastroianni faleceu em sua casa, em Paris, no dia 19/12/1996.
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10 junho 2007

WWW.VOTECRISTO.COM.BR


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Foto de Eduardo Gonçalves
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Eu já votei. E você? São 21 as opções...
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09 junho 2007

PIER ANGELI


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Anna Maria Píer Angeli nasceu em Cagliari, Sardenha, Itália, em 19/06/1932. Conhecida pelo público apenas como Pier Angeli, Anna Maria se destacou no cinema nas décadas de 50 e 60. Manteve relacionamento sentimental com o ator Kirk Douglas, em 1953. Submetendo-se à vontade da mãe, casou-se com o cantor de origem italiana Vic Damone, com quem teve um filho. Divorciada de Vic, em 1962 uniu-se em casamento ao diretor musical Armando Trovajoli, tiveram um filho, mas o casal se separou em 1969.

Profundamente deprimida, abandonou o mundo do cinema refugiando-se em seu apartamento em Los Angeles. Sua amiga e colega Debbie Reynolds, na ânsia de ajudá-la, tentou promover o seu retorno. Inutilmente, porém, já que Pier veio a falecer em 10/09/1971, vítima voluntária de uma overdose de barbitúricos. Divulgou-se à época, que Anna Maria teria escrito uma carta na qual revelava a sua paixão por James Dean, segundo ela, o único e verdadeiro amor de sua vida. O casamento entre eles foi embargado por sua mãe simplesmente porque o jovem Dean não professava a mesma religião da família dela, a católica. As biografias de James Dean confirmam igualmente a paixão dele pela atriz italiana.

Pessoalmente lembro-me da Pier Angeli mais por sua beleza tímida e suave do que propriamente por seus filmes, dois dos quais ainda me recordo: Sodoma e Gomorra, com Kirk Douglas, e o Cálice Sagrado, com Paul Newman. Pier Angeli era irmã da também atriz de cinema Marisa Pavan.

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07 junho 2007

O VELHO MSX - EXPERT - Capítulo 4 (Final)


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Observação: Caso tenha se interessado pelo assunto, recomenda-se começar pelo Capitulo 1. A história parecerá mais interessante. Obrigado. (Adelino)
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Mesmo assim peguei um dos velhos disquetes já mofados e encarquilhados e o introduzi na janelinha do aparelho. Era querer muito, pensei... Mas imaginem o que aconteceu? Num misto de surpresa, satisfação e emoção vi surgirem na tela verde as especificações técnicas do aparelho e os dizeres “digite qualquer coisa” ou “press any key”... Hesitei um pouco diante do que fazer em seguida, pois eu me esquecera dos comandos principais. Afinal, já se passavam mais de dez anos desde a última vez que lidara com ele. Até que me lembrei de chamar os arquivos do disquete digitando “dir” (Diretório). Nada aconteceu. Experimentei digitar "file”, e “Enter”. Nada. Repeti tudo sem sucesso, mas mesmo já admitindo a idéia de que ele não passaria daquilo, ainda assim eu estava muito satisfeito, pois que o meu antigo Expert pelo menos dera provas suficientes de que “vivia”, “ainda respirava”. Isto bastava, ponderei.

Já pensava em desmontar tudo e guardar na caixa novamente, quando eu me lembrei que poderia estar faltando um "s" no final de “file”, e por isso ele não respondia, pois queria tudo no plural... Confiante, levei o cursor até aquela palavra e acrescentei o “s” ao “file”. O drive girou bonito, esparramando pela tela abaixo em caracteres brancos os nomes de velhos arquivos que eu criara há mais de 12 anos... Selecionei um dos mais complexos, e ei-lo à minha disposição, pronto para ser usado, naquele caso, apenas mais apreciado do que usado, talvez louvado, aplaudido...

Não sei não, mas acho que o nosso velho MSX Expert Gradiente parecia me olhar através do antigo monitor verde com um ar desafiador de quem quisesse dizer: - “Como é, vamos lá, continuo aqui à sua disposição esperando novas ordens...”
Mas eu não lhe dei mais nenhuma ordem. Limitei-me a proteger respeitosamente aquela "relíquia" protegendo-a com uma velha capa de tecido quadriculado. Voltei para casa alegre, realizado, com uma boa historinha para contar um dia. E é justamente o que fiz, atendendo a sugestão do caro leitor Eduardo P.L., a quem, como disse anteriormente, dediquei este post...

FIM
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O VELHO MSX - EXPERT - Capítulo 3


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Um dia, lá estando numa tarde de inverno um pouco mais fria do que o normal, e sem qualquer atividade externa para desenvolver, resolvi montar o conjunto para ver no que dava. Calmamente fui tirando tudo de dentro da caixa e fazendo as ligações na CPU (Unidade Central de Processamento). Tudo estava aparentemente no lugar certo. Até que chegou o grande momento do teste decisivo. Liguei o aparelho sem qualquer esperança de que este desse um sinal mínimo que fosse de vida. Para minha surpresa, entretanto, apareceram no monitor verde – que também funcionou –, o logotipo e as especificações técnicas do Expert...

Experimentei colocar o cartucho original de demonstração que acompanha o aparelho. A máquina começou a exibir na tela todas as suas virtudes e vantagens: o que fazia e o que podia fazer pelo usuário, mas tudo completamente “mudo”. Lembrei-me de dar uma mexida no botão que controla o volume. E para meu espanto o ruído desagradável do início deu lugar a um som límpido das conhecidas vinhetas musicais que acompanham as instruções de uso: arquivo de receitas de bolos, de lembretes, de desenhos, de jogos. Aquilo ali já era um milagre. Mas fui em frente. Que tal instalar o drive externo que, naquelas condições, com certeza não mais estaria funcionando? Lembro aos amigos leitores que tiveram a paciência de ler o a história até aqui, que para ser acionado, o drive externo dependia de uma fonte específica que o acompanhava – uma espécie de conversor de 127 para 12 Volts, tantos ampères. Este, ligado à tomada, incrivelmente cumpriu muito bem o seu papel mandando energia ao MSX na dosagem correta. Nem mais, nem menos. No começo o drive fez um barulho estranho, mas parecia que estava girando. Cheguei a ficar com pena por estar exigindo tanto do pobre aparelho que pela idade já devia estar descansando se não num museu de micro-computadores, pelo menos numa tranqüila casa de antiguidades da rua do Lavradio...
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(CONTINUA NO PRÓXIMO E ÚLTIMO POST DA SÉRIE...)
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O VELHO MSX - EXPERT - Capítulo 2


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Teve até lances de muita emoção. Certa vez transcrevi para as pautas do editor musical Edimusic uma antiga partitura de música que meu pai escrevera em agosto de 1929. Escolhi o instrumento, tonalidade, ritmo, “mandei tocar”, e lá estava um trecho de uma linda melodia em solo de flauta. Meu sentimento deve ter sido semelhante ao de um arqueólogo que acabava de encontrar uma peça histórica de três mil anos. Liguei eufórico para algumas pessoas da família contando a “proeza”. Surpreendi-me, entretanto, com a falta de entusiasmo de algumas delas. Acho que não entenderam, não acreditaram ou simplesmente não queriam ouvir, talvez por motivos sentimentais. Mas eu as compreendi: como membro mais novo da família (nós perdêramos nosso pai quando eu tinha poucos dias de idade), não o conheci, pelo menos não o suficiente para ter muitas saudades dele, ao contrário dos demais irmãos e de nossa mãe.

Como disse, cheguei a fazer ótimos desenhos e até plantas de terreno e de casas com o meu PC. Com o avanço tecnológico o MSX Expert Gradiente foi ficando ultrapassado, e acabou posto de lado, sem uso. Ouvi reclamações ou sugestões como “joga isso fora”, “está ocupando lugar”, “isto é peça de museu” e outras “blasfêmias” e “calúnias”. Até o filho pequeno de um amigo nosso, certo dia, vendo o aparelho, perguntou ao pai "o que era aquilo”.
- “Talvez um videocassete dos antigos” – respondeu o próprio guri sem esperar pela resposta do seu genitor. Quanta heresia...

Resistindo bravamente aos conselhos, reclamações e insinuações, guardei-o numa caixa de papelão juntamente com o drive, o conversor, um monitor monocromático verde, a interface, o teclado, uma impressora matricial Grafix-MTA Tractor, cabos e conexões. E mais uns 70 disquetes 5 ¼”, alguns coloridos – bonitos, mas ordinários. Perdi muita coisa por causa deles..

Para encurtar esta história: quase no final de 2000, ou seja, 14 anos depois de adquirido, resolvi levar o desprezado “trambolho” para a outra casa da família numa vizinha cidade do Rio de Janeiro, entre montanhas e praias. E lá ficou ele por uns dois ou três anos sofrendo toda sorte de agressões da natureza: umidade, calor, frio, brisa salinizada, além dos ataques de insetos e animais rasteiros comuns nesses lugares afastados da cidade.
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(CONTINUA NO PRÓXIMO POST...)
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O VELHO MSX - EXPERT - Capítulo 1



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Este post é dedicado ao meu caro leitor Eduardo P.L. que me sugeriu publicar em capítulos a minha experiência com o MSX - Expert Gradiente que eu mencionara num comentário passado. Aí vai a historinha. Haja paciência, Eduardo.
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Visitando um site sobre o antigo MSX, deparei-me com reproduções de capas das primeiras revistas especializadas no assunto publicadas no Brasil. Algumas eu até reconheci, porque as tinha comprado na ocasião do lançamento. Este acontecimento levou-me a relatar uma passagem pitoresca da qual fui um mero coadjuvante.

Em 1985 adquiri um PC MSX Expert Gradiente 1.1. Queria estimular meus filhos, na ocasião, crianças e adolescentes, ao uso de computadores para outras finalidades que não somente os tradicionais joguinhos. A experiência não era nova, pois já tinha comprado há tempos um pequeno TK-85 sem, no entanto, lograr êxito no meu intento.

Comecei, então, eu mesmo a explorar o aparelho, munido do Manual do Expert e de algumas boas noções de programação Basic aprendidas no trabalho. No início usava um gravador de som Sharp fazendo às vezes do drive. Nas fitas cassete gravava e lia (ou tentava ler) os meus arquivos. Meses depois abandonei o Sharp por um Datacorder, também da Gradiente, o que já representava um avanço “extraordinário”. Abandonando o Datacorder, no ano seguinte adquiri um drive nacional DMX de 5 ¼”, uma “maravilha”. Durante anos fiz o balancete do nosso condomínio, atas das reuniões, orçamentos domésticos, recibos de empregados, e até plantas de casa e desenhos. Para cálculos usava a Planilha Eletrônica e para textos o Redator Eletrônico, ambos em cartuchos lançados pela Gradiente.
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(CONTINUA NO PRÓXIMO POST...)
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03 junho 2007

FOTOGRAFIA

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Pouca gente dá importância a fotografias. Não me refiro àquelas de jornais e revistas, mas as de familiares, de pessoas, de animais de estimação, ou mesmo fotos antigas amareladas pelo tempo, com cabeças e pés "cortados" ou fora de foco... Em meados da década de 60 cheguei a improvisar um pequeno laboratório fotográfico num quartinho do nosso apartamento. Era um hobby tão fascinante que eu esquecia do tempo e ali ficava às vezes até três horas da madrugada revelando filmes, copiando e ampliando fotos em preto e branco, límpidas e belas até hoje. Era emocionante presenciar o “milagre” de uma imagem se formando no papel fotográfico durante a sua revelação.
Henri Cartier-Bresson, considerado um dos gênios da fotografia, disse: “As coisas das quais nos ocupamos, na fotografia, estão em constante desaparecimento, e, uma vez desaparecidas, não dispomos de qualquer recurso capaz de fazê-las retornar. Não podemos revelar e copiar uma lembrança.”

Guardo comigo – pela originalidade - uma mensagem publicitária de uma revista especializada, já extinta, na qual mostram uma foto em preto e branco de uma menina humilde, recostada num velho e surrado sofá, pensativa, triste. E logo abaixo um texto que diz tudo: ”Só fotografaram esta menina quando ela tinha 15 anos. Coitadinha, não teve infância. Ela não se lembra mais da escola, de suas férias, de seus amigos. Ela nunca viu uma fotografia sua antes desta. Ela nunca teve ou vai ter infância. Fotografe seus filhos."

Eu me lembro perfeitamente bem do dia em que, pela primeira vez na vida, eu tive em mãos uma câmera fotográfica e “bati” uma foto (sem tremer...) E você, tem lembrança da primeira foto que clicou?

PS - A câmera Rolleyflex era a mais famosa e cara naquela época, muito citada e usada pelo saudoso jornalista Ibrahim Sued em sua coluna social do Globo, quando retratava os granfinos do café society carioca. A minha era mais modesta, uma Beautycord (foto), mas o sistema (reflex) era o mesmo. Eu a adquiri na Ducal, em maio de 1958, pagando seis "suáveis" prestações mensais... Ela hoje está com 48 anos, funciona ainda, mas é peça de museu.
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02 junho 2007

MANDY MOORE


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Mandy Moore, cujo nome de batismo é Amanda Leigh Moore, nasceu em 10 de abril de 1984 em Nashua, New Hampshire, USA. Dois meses depois seus pais, artistas, mudaram-se com toda a família para Orlando, Florida. Encantada com o musical “Oklahoma!” decidiu tentar a carreira de cantora. Criança ainda tornou-se conhecida pelas suas participações em atividades esportivas. Aos 14 anos foi indicada para um teste na Sony, empresa com a qual assinou um contrato. Aos 15 gravou seu primeiro sucesso “So Real”, despontando também como atriz de talento, fazendo diversos filmes voltados para o público adolescente.

Em 2002, aos 18 anos, ganhou o MTV Movie Award por sua participação em “A Walk to Remember”. Para este ano, 2007, Mandy Moore tem em sua agenda de trabalho três filmes e uma participação em novo álbum musical.

Seu grande sonho é o de um dia se apresentar na Broadway, mas uma de suas frustações é a não saber cozinhar...
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Observação: post publicado para dizer ao Valter que o blog ainda está aqui, firme e forte... Faltou tempo.
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