25 maio 2007

RACHEL McADAMS

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Para que não digam que falamos apenas de antiguidades, postamos hoje algumas notas sobre a lindíssima jovem atriz Rachel McAdams, nascida em St. Thomas, Ontario, Canadá, em 7 de outubro de 1976. Seu pai era caminhoneiro, e sua mãe, dona-de-casa. Trabalhou numa loja da rede Mc Donalds, e aos treze anos atuava em teatro amador. Graduou-se em teatro pela York University, de Toronto. Em sua ainda curta carreira ganhou 11 prêmios e 16 indicações para outros. Em 2004 recebeu o prêmio de melhor revelação feminina da MTV Movie Awards pelo seu trabalho em The Note Book (Diário de uma Paixão), e em 2005, também pela MTV Movie foi escolhida como a atriz de melhor performance pelo filme Red Eye (Vôo Noturno), onde faz o papel de uma jovem obrigada a seguir os planos sinistros de um homem sentado ao seu lado num viagem aérea (Cillian Murphy). Rachel teve atividade pouco intensa em 2006. Correram rumores, confirmados posteriormente, de que lhe foram oferecidos trabalhos em Iron Man, The Dark Knight e Get Smart. Em maio daquele ano, entretanto, declarou numa entrevista o seu desinteresse nesse tipo de filme (ação), apesar dos altos salários pagos por eles. Rachel, no momento, reside em Toronto. Vegetariana, adora o verde da natureza, sonhando um dia morar numa casa de árvore e produzir seu próprio alimento...
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Imagem captada da internet
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24 maio 2007

LOTERIA ESPORTIVA - TESTE N. 9

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(Clique sobre a imagem para vê-la em detalhes)
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Num incrível golpe de sorte, ao folhear um antigo livro guardado num canto da estante, eis que me cai de dentro dele nada mais nada menos do que o volante do Concurso Teste da Loteria Esportiva n. 9, de agosto de 1970 (uma relíquia, não é Helô?) O sistema de apostas de então estava engatinhando. Marcava-se na parte inferior do volante os palpites correspondentes aos treze jogos discriminados na parte superior (colunas 1, coluna do meio e coluna 2). Na “loteria esportiva” o funcionário introduzia o formulário (foto) juntamente com dois cartões rígidos num dispositivo com trinta e nove aberturas que se sobrepunham exatamente aos quadrinhos assinalados com um X pelo apostador. Com um estilete, perfurava simultaneamente o volante e os cartões que seriam posteriormente enviados à CEF, sendo que um deles era entregue ao apostador como comprovante. Na Caixa Econômica Federal, Rio de Janeiro, os cartões eram lidos e armazenados em carretéis de fitas magnéticas que seriam decodificados pelos “cérebros eletrônicos”, máquinas maiores do que uma geladeira. Realizados os jogos os resultados eram divulgados uns dois ou três dias depois. Não havia limite para o número de apostas.
Jamais ganhei um níquel nesta Loteria. Sempre tinha uma "zebra" atrapalhando... E você, já ganhou?
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Imagem de Adelino P. Silva
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21 maio 2007

ROMÁRIO É 1.000 EM TODOS OS SENTIDOS

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Aos 2 minutos do segundo tempo do jogo de hoje, 20/05/2007, Romário realizou o seu grande sonho de atingir a marca de 1.000 gols marcados em sua brilhante trajetória como jogador de diversos clubes. O cenário não poderia ser outro: Estádio de São Januário, na Colina Histórica. Se uma imagem vale por mil palavras, a do post de hoje, que foi publicada em quase todos os jornais há algumas semanas, trouxe para o Romário a conquista de outros milhões de admiradores em todo o mundo, até mesmo daqueles que por não o conhecerem não gostavam dele como pessoa. Parabéns, Romário. Você tem o direito de ser "marrento". E digam o que disserem, afinal, segundo ele, "quem tem boca fala o que quer". E parabéns ao Clube de Regatas Vasco da Gama por ter lhe proporcionado todas as condições de realizar o seu sonho.
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Adelino P. Silva
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19 maio 2007

ENDLESS SUMMER BILLY JOE - REEDIÇÃO

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Tivemos um cãozinho de estimação da raça Beagle, tricolor. Chamava-se Billy Joe. Endless Summer Billy Joe, este o nome oficial. Nasceu em 17-03-1984. Extremamente simpático, fazia o que bem entendia. No início contratamos um adestrador para lhe dar aulas de boas maneiras. Pagamos adiantado, o adestrador sumiu. Se foi porque recebeu adiantado, não sei dizer. No calor, Billy abria a porta da geladeira com as patinhas, deitava-se junto a ela, e ali dormia tranquilamente com o seu "condicionador de ar" ligado... Só percebíamos mais tarde. Com cerca de dois meses de idade engoliu de uma só vez um Big Mac que eu tinha colocado ao meu lado para ir saboreando aos poucos enquanto lia. Foi uma correria louca, mas não adiantou nada, e nem lhe fez mal. Mordeu o calcanhar de um vizinho que tentou cortar caminho pulando um muro de nossa casa. Comeu duas carteiras de identidade, um CPF e um talonário de cheques. Subiu numa cadeira e bebeu uma taça de vinho que estava sobre a mesa... Lambeu um bolo de aniversário e bebeu Coca-Cola... Em suma: era um encanto de cachorro, uma gracinha... Mas nós o adorávamos. No carro ele viajava na parte trazeira, sempre brincando com as crianças que lhe acenavam do carro de trás. Billy Joe nos deixou em 22-06-1995. Tristeza geral. Nós o entregamos ao Veterinário para as providências de praxe (não o vimos mais)... Limpando o estofamento do carro verifiquei que ali ficaram depositados muitos pelos tricolores do Billy Joe. Resolvi homenageá-lo. Reuni uma boa quantidade deles, coloquei-os num saquinho plástico, e os enterrei ao pé de um ipê no nosso jardim. Sobre o local, uma pedra de granito pintada de branco, em forma de pirâmide, que rolava de um canto para outro sem destinação certa. Pedi para que ninguém a removesse dali. E demos àquela pedra branca, ao pé do ipê amarelo, o nome de Memorial a Billy Joe. Está lá até hoje...----------------------------------------------------------------------------------
(Na foto, no primeiro plano, ipê com a pedra piramidal)
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A SEGUIR, TEXTO ADICIONADO:
Muito já se falou e ainda se fala sobre a importância (ou não) dos blogs e blogueiros. Se é um diário pessoal, um mural, um jornal ou até um livro aberto. Já li opiniões brilhantes de blogueiros gabaritados como Helô Lima, Fernando Cals, Ery Roberto e Valter Ferraz (para citar apenas os que conheço). Ao final, uma quase unanimidade: blogar, além de tudo, nos proporciona momentos de prazer, humor, emoção, cultura. E quantas revelações interessantes, quantas surpresas. Vejam, por exemplo, o que resultou de um post que fiz em 18/02/2007 em homenagem ao cãozinho de estimação que tivemos, de nome Endless Summer Billy Joe. Repito o post na íntegra, mesmo porque acho que poucos o leram a não ser os nossos caros amigos Anna Pontes e Valter Ferraz, ambos no dia 19/02/2007. Contrariando a promessa que fiz de não deixar nenhum comentário sem a devida atenção, naquele dia, por um lapso, não comentei nada.

Pois bem, quinta-feira, dando uma olhada por todo o blog, incluindo os comentários, notei que lá no post Endless Summer Billy Joe tinha mais um , além daqueles dois, colocado em 11/03/2007. Era da Fernanda Macedo, que dizia:


“Olá Sr.
Sou Fernanda Macedo, Canil Endless Summer, onde Billy Joe nasceu. Fiquei feliz em saber que foi querido e bem tratado. Continuo com a família de Joe e gostaria de foto dele para o site do Canil. Obrigada por ter dado tanto amor a ele!!!!!!
Grande abraço,FERNANDA
Domingo, março 11, 2007”

Telefonei para a Fernanda. Conversamos por quase quarenta minutos, ocasião em ela me contou de suas inúmeras atividades desenvolvidas nestes últimos 23 anos sempre ligada aos grandes amores de sua vida: os adoráveis, moleques, brincalhões e amigos cães da raça Beagle da qual é uma criadora super-premiada.
Só mesmo este complicado e maravilhoso mundo virtual para nos proporcionar tantas emoções agradáveis como esta que vivemos na quinta-feira passada.
Meus parabéns, Fernanda Macedo, sucesso, e obrigado por suas palavras. O que fizemos veio do fundo do coração.
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Adelino P. Silva
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13 maio 2007

CLAUDIA - ANO 1 - N. 1

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Este post é dedicado à “gestora” do excelente Folhas de Relva, que veio ver o Nostalgia pelas mãos do inteligente e generoso amigo Valter Ferraz. Sonia deve ter entrado de mansinho, um pouco assustada com o ranger de portas, janelas, assoalho, mas não se espantou ao ver que tudo era simples. Devia saber que as coisas por aqui nem sempre são nostálgicas, apenas mais ou menos e às vezes nem mais nem menos. Certos assuntos nos levam a um passado bem distante, outros, para um passado mais próximo, e até mesmo para um passado quase presente. Tudo em função do rumo que os comentários seguem.

Sonia curiosamente revelou que teve o privilégio de ocupar uma mesa na inauguração do Regine´s (SP) próxima à do astro francês Alain Delon e a namorada dele, Mireille, e do charmoso, segundo ela, ator Omar Sharif. E entrevistou Pierre Cardin para a revista CLAUDIA, onde trabalhava. Eu então lhe contei do carinho especial que sempre tive para com aquela revista. E mais: que existia em nosso acervo uma relíquia, o exemplar n. 1 da CLAUDIA. Reconheço que depois fiquei apreensivo, pois me pareceu ter cometido um engano: a tal revista n. 1. seria a Manchete e não a CLAUDIA. Fui conferir no meu arquivo. Na verdade, eu não tinha a Manchete n. 1, mas a 2. Tudo bem, um erro, mas a nossa CLAUDIA Ano 1 - N. 1, de outubro de 1961, estava lá. Eu tinha falado que poderia ser de 1950/1951, porém a Manchete é que era. Mas isto é irrelevante, um errinho de “apenas” dez anos... A Sonia pediu para ver a primeira edição. O escaneamento não ficou muito bom porque as dimensões (26 x 34cm) da revista CLAUDIA daquela fase ultrapassavam a do scanner, e eu tive de fazê-lo por partes, cortá-las e “emendar” no lugar certo, que nem o Jack...
Eis aí, Sonia, o post que você sugeriu...
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PS 1 – O Sumário das seções da CLAUDIA n. 1 é este:
O MUNDO DE CLAUDIA (Educação dos filhos, crônica de Rubem Braga...)
MODA (Primavera...)
DECORAÇÃO (A função do arquiteto, renovação de um sofá antigo...)
BELEZA (Pele: luz em seu rosto...)
COZINHA (Bons pratos para bons amigos...)
REPORTAGENS (O belo Marcello, memórias de Sofia Loren, super-mercados...)
CONTO (Minha irmã Meg, de Natalia Forte...)
VÁRIAS (Horóscopo, teste dos jardins...)
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12 maio 2007

DIA DAS MÃES - 2007

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Para homenagear o DIA DAS MÃES escolhemos esta belíssima imagem que é capa de um livro um "pouco" antigo: GUIA das MÃES, escrito pelo pediatra alemão, Dr. Wittrock, em 1928, 5a. edição, lançado em português, no Rio de Janeiro, em 1936. O médico Dr. Wittrock é apresentado na abertura do livro apenas como "Dr. Wittrock (dos hospitais de Berlim)".
Nossos parabéns a todas as queridas mães do mundo, presentes ou ausentes, e em especial àquelas que nos honram com suas visitas.

Ia me esquecendo: o livro (escaneado) faz parte da nossa coleção de "relíquias" adquiridas nos sebos do Rio de Janeiro.
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11 maio 2007

ROMY SCHNEIDER

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Os dados biográficos que pesquiso e publico super-compactados quase que semanalmente de estrelas de cinema, embora corretos, servem apenas como pretexto para postar suas fotos e mostrar a quem não mais se lembra delas ou nem as conheceram que beleza e talento são atributos perfeitamente compatíveis, independente das épocas em que viveram e atuaram. Publicar biografias completas não é o meu propósito. Dito isto, recordemos um pouco a lindíssima estrela Romy Schneider.
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Romy nasceu em Viena, Áustria, em 23/09/1938 e faleceu em 29/05/1982, em Paris. Filha de atores, estreou ainda adolescente no filme “Quando voltam a florescer os lilases”. A partir dos 17 anos começou destacar-se pela sua atuação no filme “Sissi”, ao qual se seguiram “Sissi, a Imperatriz” e “Sissi e seu Destino”. Aos 20 anos rompeu com a sua fama de atriz de papéis “bem comportadinhos” atuando em “Senhoritas de Uniforme”, uma película que abordava o lesbianismo num colégio feminino.

Segundo seus biógrafos, em 1958 Romy ficou “perdidamente apaixonada” pelo jovem ator francês Alain Delon, então um estreante com quem contracenou em “Christine”. O romance entre eles durou 5 anos. Com uma vida sentimental extremamente conturbada, incluindo o suicídio do primeiro marido e a morte trágica do filho, Romy caiu em depressão, falecendo em companhia do terceiro marido em seu apartamento em Paris, com apenas 43 anos de idade.
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Imagem da internet
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10 maio 2007

TEATRO MUNICIPAL DO RIO

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O Jornal do Commércio, de 15 de julho de 1909, assim descreveu a inauguração do Teatro Municipal do Rio de Janeiro:

“Inaugurou-se ontem o suntuoso monumento com que a prodigalidade municipal dotou a cidade. O edifício colossal e soberbo parecia uma imensa mole de granito, mármore, ouro, bronze e vidros, resplandecendo à luz branca que jorrava do seu bôjo numa fulguração que deslumbrava.”

“A multidão olhava para o teatro como tomada de assombro ante aquela grandeza, fruto de uma megalomania e abria alas para os que lá dentro iam assistir ao espetáculo de inauguração. (...)”

“Carros e automóveis, numa fila interminável, chegavam apressados, desde oito horas da noite, e despejavam na rua Treze de Maio e Avenida Central homens encasacados e enluvados e senhoras que escondiam sob vistosas capas e amplas mantas o luxo das toilettes, a riqueza das jóias, as núvens de rendas, as ondas de perfume."
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(Foto n/d de Adelino P. Silva)
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09 maio 2007

NA GUERRA - 22 DE AGOSTO DE 1942

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Já que o meu depoimento no post “FIM DA GUERRA - 8 DE MAIO DE 1945” despertou algum interesse, por que não contar como foi o começo dela em nossa cidade? Então vamos lá.

Corria o ano de 1942. Foi com muito medo que naquela manhã vimos passar pela nossa rua uma passeata de estudantes irados, portando cartazes, gritando, exigindo que o Brasil declarasse guerra à Alemanha. Era assustador. Minha mãe e irmãs trancaram portas e janelas e ficaram tentando ver alguma coisa pelas venezianas.

Mas como, eu me perguntava na minha ingenuidade de criança, querer guerra se o maior temor das famílias era justamente a possibilidade de seus filhos e irmãos serem chamados a lutar e a morrer? Para mim não era nada fácil compreender essas aparentes contradições.

Pouco depois, submarinos alemães, além de se aproximarem das águas da Baía de Guanabara, afundaram navios mercantes nacionais, causando a morte de milhares de brasileiros. O movimento pró-participação do Brasil no conflito cresceu assustadoramente. Parecia iminente a entrada do Brasil na guerra.

Convencionou-se que o hino nacional brasileiro não mais seria executado, exceto no dia em que o nosso país declarasse guerra ao Eixo (Alemanha, Japão e Itália).

E isto aconteceu às 8 horas da noite de 22 de agosto de 1942, quando os seus primeiros acordes abrirarm a "Hora do Brasil”, programa transmitido diariamente para todo o país. Acontecera o que todos temiam. O Brasil estava na guerra. Familiares, pessoas amigas, vizinhos, conhecidos e desconhecidos, desconsolados choravam sozinhos ou em grupos diante da possibilidade de verem seus filhos, irmãos, noivos, namorados lutando e morrendo numa guerra da qual iríamos participar. Parecia um pesadelo onde o mundo se acabava...

Foi assim que vi e senti, como criança, o início da II Guerra Mundial para o Brasil em minha querida cidade natal.
(Adelino P. Silva)
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No MONUMENTO AOS MORTOS DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL (foto) encontram-se lápides simbólicas com os nomes dos soldados brasileiros mortos em combate na Europa, incluindo os tripulantes dos navios afundados nas costas brasileiras.
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08 maio 2007

FIM DA GUERRA - 8 DE MAIO 1945

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Durante a II Guerra, a Marselhesa, o belíssimo hino da França, era constantemente executado nas estações de rádio, quase sempre como prefixo dos noticiosos. A PRE-5 (Rádio Sociedade Triângulo Mineiro) de Uberaba, tinha um intervalo na programação, do meio-dia às duas da tarde, que começava e se encerrava com a “Canção do Expedicionário” ou então a “Canção do Soldado”. Acabei decorando as letras, o que me foi útil mais tarde nas instruções militares e desfiles do Tiro de Guerra.

O final da guerra foi extremamente emocionante. Começou com a rendição dos alemães. A Itália já tinha se rendido às forças aliadas, e notícias já davam como certa a morte de Benito Mussolini.

Não me ligava a detalhes, criança que era, mas sabia que a vitória dos aliados estava próxima. Lembro-me muito bem quando Heron Domingues leu quase gritando, cheio de emoção, a seguinte notícia ao microfone da Rádio Nacional: “E ATENÇÃO, ATENÇÃO, INFORMA O REPÓRTER ESSO EM EDIÇÃO EXTRAORDINÁRIA! OS ALEMÃES ACABAM DE SE RENDER INCONDICIONALMENTE. E VAMOS REPETIR...” (e o fez por mais duas vezes).

A alegria tomou conta da cidade. Gente entrando e saindo de suas casas, gritando de alegria, chorando e se abraçando. Eu me lembro de ter perguntado à minha irmã o significado de INCONDICIONALMENTE. Ela me explicou e saiu para comemorar com os vizinhos da nossa rua. Tinha seus motivos: o jovem noivo estava na guerra.

Houve um desmentido da notícia, mas logo esclarecido: os alemães não queriam aceitar o “incondicionalmente” que constava dos termos da rendição, mas logo voltaram atrás.

A cidade de Uberaba suspendeu todas as suas atividades. Tudo era alegria. No dia seguinte fomos ao Grupo Escolar, porém as aulas tinham sido suspensas. Alunos e alunas portando a bandeira do Brasil caminharam em grupo até o Centro da cidade, sendo intensamente aplaudidos pela população. Era a nossa “Passeata da Vitória”...

Recordo-me bem que tudo o que se comemorava depois do final da Segunda Grande Guerra era “da Vitória”: CARNAVAL DA VITÓRIA, BAILE DA VITÓRIA, DESFILE DA VITÓRIA, NATAL DA VITÓRIA, RAINHA DA VITÓRIA... Afinal, a vitória tinha sido de todos.

(Adelino P.Silva)
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A CASUARINA

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Sempre admirei aquela árvore esguia, majestosa, que margeia estradas, cresce fácil em qualquer terreno, e é excelente abrigo para ninhos de pássaros. Que em presença do vento produz sons semelhantes a assobios que trazem paz e tranqüilidade, e as suas folhas de formato exótico encharcam-se de águas das chuvas fortes, mas não se quebram ou caem, pois curvam-se sabiamente diante das forças da natureza. O seu nome? Eu não sabia.

Acho que já falei em posts anteriores do meu hábito de plantar sementes de vegetais, principalmente de árvores, só para “ver o resultado”... No estacionamento externo do Aeroporto Santos Dumont, existem várias daquelas árvores. Um dia colhi e plantei aquilo que eu pensava ser sua semente, ou seja, uma pequena bolinha seca, que espetava muito, cor de palha, de formato irregular, menor do que uma jabuticaba miudinha. Não nasceu nada. Fui verificar. Óbvio: aquela bolotinha nada mais era do que uma cápsula contendo centenas de minúsculas sementes que ao caírem no solo espalhavam-se pelo terreno, tornando-se praticamente invisíveis...

Até que um dia eu estava lendo um livro que não sei se era Vila dos Confins, Chapadão do Bugre (ambos de Mário Palmério) ou O Coronel e o Lobisomem (de José Cândido de Carvalho), e lá pelas tantas páginas da leitura, eu me deparei com o autor descrevendo uma árvore com todas aquelas características. Seu nome: casuarina. Então era ela...

Nada de sementes, comprei e plantei apenas uma muda da espessura de um palito de fósforo, dez centímetros de altura, mais ou menos. Não acreditava muito. Mas ela cresceu, e hoje está com 40 metros, curvando-se ao sopro do vento, assobiando como ela só, encharcando-se com água da chuva, e oferecendo abrigo aos pássaros que a procuram. Dizem que tira muita água do subsolo. Mas é o preço que cobra pela sua beleza. Ei-la na foto de minha autoria...
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Dos dicionários:
Casuarina: s.f., Bot., árvore cujas folhas se assemelham às penas do casuar.
Casuar: s.m., Ornit., grande ave pernalta semelhante ao avestruz.
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07 maio 2007

NA MEDIDA CERTA...

Aconteceu bem no início dos anos 60. Num sábado de manhã, um engenheiro-civil, estacionou seu DKW Vemag junto a uma loja. Enquanto esperava sua esposa que fazia compras, resolveu dar uma caminhada pelas redondezas. Retornando, ficou surpreso ao ver que tinha sido multado por um guarda que já se afastava do local deixando preso no pára-brisa do carro um aviso de multa: "ESTACIONADO EM FRENTE A ENTRADA DE VEÍCULOS".

- "Com todo o respeito, mas o senhor cometeu um engano ao me multar. Aqui não é uma entrada de veículos" - ele disse ao policial.

Diante da passividade do guarda, ele retirou do porta-luvas uma edição em miniatura do CÓDIGO NACIONAL DE TRÂNSITO. Abriu-a em determinada página, e leu em voz alta um dos artigos que dizia mais ou menos o seguinte: "SÓ É CONSIDERADA ENTRADA DE VEÍCULOS A CALÇADA QUE NÃO TIVER ALTURA SUPERIOR A TANTOS CENTÍMETROS" (não me lembro da medida exata, mas isto realmente constava e talvez ainda conste do CNT).


Mas como provar a existência dos tais “centímetros a mais”? Simples: ele retirou do bolso uma régua de cálculos que o acompanhava habitualmente, abaixou-se, mediu a altura da calçada, e mostrou à autoridade que aquele meio-fio (ou guia) não tinha a espessura mínima suficiente para ser considerado "ENTRADA DE VEÍCULOS", não cabendo, portanto, a multa.

Embora reconhecendo seu erro, o guarda alegou que teria de manter a notificação, já que o registro no talonário oficial já tinha sido feito. O caso foi resolvido na Delegacia mais próxima. A autoridade de plantão anulou a multa, repreendeu seu subordinado e ainda se desculpou com o engenheiro pelo transtorno causado...

Parece piada da antiga revista Seleções do Reader´s Digest, mas não é. A história é real, e o engenheiro-civil que agiu com tanta determinação era ou é simplesmente o meu caro irmão...

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06 maio 2007

BOM DOMINGO (Quase um teste...)

Enquanto eu me entendo com o Blogger, desejo aos amigos um Feliz Domingo e uma Próspera Segunda-Feira... É uma forma de dizer que ainda estou aqui. A foto é minha (digital), obtida ontem.... (a.) Adelino