15 junho 2009

QUE LUGAR TE FAZ SENTIR EM CASA? - Tertúlia Virtual (15/06/09)

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O meus caros amigos Ery e Eduardo insinuaram que só estou postando para o Tertúlia... Não é isso, apenas o tempo tem sido curto, passando rápido. E a impressão não é somente minha. Nem estão tirando mais os enfeites de Natal... Então, não percamos tempo, mãos à obra, ou melhor, ao Tertúlia Virtual...
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Mais um tema interessante, de entendimento ambíguo, como bem definem os criadores do Tertúlia deste mês. Excetuando-se a minha própria casa, o que parece o óbvio para a maioria dos participantes, existe ou existiu um lugar em que eu me sentia “em casa”. Tão em casa que de seus jardins colhi uma semente de uma arvorezinha e que hoje certamente já é matriarca de umas cinco ou seis gerações... Seu jardineiro até me disse o nome dela, mas o papel anotado se perdeu pelo caminho.

A "casa" chamava-se Editora Brasil-América Ltda (EBAL), localizada na Rua Almério de Moura, bem em frente ao garboso e quase centenário Estádio de São Januário (dos poucos que não tiveram seu nome mudado para homenagear “personalidades do momento” e que depois cairam no esquecimento).
Pois bem, uma vez ao ano pelo menos, geralmente às vésperas do Natal, eu me presenteava com uma visita ao setor de vendas no primeiro andar da querida EBAL. Ali adquiria os últimos lançamentos dos maravilhosos almanaques do Flash Gordon (desenhos primorosos de Alexander Raymond). E também os do Príncipe Valente (de Hal Foster), The Spirit (de Will Eisner) ou do herói do espaço sideral, Brick Bradford (de William Ritt). Os psicólogos provavelmente me enquadrariam como um saudosista do tempo de criança. Pode ser, afinal todos temos em nós um pouquinho da criança/adolescente que fomos.
Um dia, como “não há bem que sempre dure” a tradicional Editora Brasil-América Ltda (EBAL), já não mais Ltda, mas S.A., fechou as suas portas definitivamente, há uns dez anos, se tanto. A sua sede, porém, permanece lá, imponente, bonita, trazendo saudades a quem, quando outrora a visitava, nela se sentia verdadeiramente “em casa”.
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Imagem: escaneada por Aps do livro "Tarzan", de Burne Hogarth (EBAL)
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