28 junho 2008

DINAMITE ESTÁ DE VOLTA!

Eu não pretendia falar de futebol tão cedo, mas não vejo como não registrar a volta de Roberto Dinamite ao Clube de Regatas Vasco da Gama, desta vez como Presidente, eleito que foi nesta madrugada. Apenas registrar, pois Roberto dispensa comentários.

Durante muitos anos cansei de ouvir de torcedores de outros clubes, e até de jornalistas "neutros", a explicação de que tinham aversão ao Vasco da Gama por causa do seu dirigente Sr. Eurico Miranda, um presidente que dirigia o clube com o coração de torcedor. Com o retorno de um dos maiores ídolos das torcidas brasileiras nas três últimas décadas, esperamos que o nosso clube agora receba um tratamento da mídia esportiva se não igual pelo menos semelhante àquele dispensado a outras grandes instituições esportivas do país.

Que a eleição de Roberto sirva de exemplo a outros clubes brasileiros. Parabéns ao Roberto, parabéns ao Vasco da Gama, parabéns a todos os torcedores cariocas. (Imagem: blogluso-carioca.blogspot.com/)

Maiores detalhes: GLOBOESPORTE.COM

27 junho 2008

1958 - A TAÇA DO MUNDO É NOSSA (Final)

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Meu irmão e eu nos deslocamos até as proximidades do Teatro Municipal, onde uma multidão, apesar do intenso frio, acompanhava os jogos pelos alto-falantes colocados no alto dos postes. A massa de torcedores vibrava e comemorava agitando bandeirinhas do Brasil. Edições-extraordinárias de jornais e revistas recém-saídas das rotativas esgotavam-se rapidamente.A Gazeta Esportiva lançou uma bem elaborada "Edição Monumental", ao preço de Cr$ 20,00 que também se esgotou imediatamente mal saiu às ruas (tenho o meu exemplar até hoje).

As televisões brasileiras não tinham ainda os recursos do “vídeo-tape”. Somente na terça-feira a população pôde assistir pela TV Tupi um filme com trechos do jogo decisivo, em preto e branco, pouca nitidez... Mas valeu a pena. O que interessava era a vitória da nossa Seleção. Dias depois assistimos ao festivo regresso dos jogadores em vôo especial do mesmo Constellation que os levara semanas antes em busca da tão sonhada e cobiçada Taça Jules Rimet. Empregados de todas as categorias foram dispensados mais cedo do trabalho para recepcionar seus campeões. Na Avenida Rio de Janeiro, em frente ao local em que futuramente seria construída a sede do Jornal do Brasil, vimos os nossos "heróis" desfilando sobre carros do Corpo de Bombeiros, destacando-se o capitão da equipe Bellini empunhando a Taça Jules Rimet, num gesto que vem sendo repetido a cada quatro anos pelos capitães das seleções vencedoras. Após desfile pelas avenidas Brasil, Presidente Vargas e Rio Branco chegaram ao Palácio do Catete onde foram homenageados pelo Presidente Juscelino Kubistcheck de Oliveira.

Um fato aparentemente simples marca a diferença fundamental entre duas épocas: a de 1958 e aquelas pós-1980: quase uma semana depois o Vasco da Gama estreava no Campeonato Carioca de 1958 apresentando como atrações nada menos do que três campeões mundiais: Bellini, Orlando e Vavá; o Botafogo, Didi, Garrincha, Nilton Santos e Zagallo, recém-transferido do Flamengo; este, com Moacir, Dida, Joel; o Fluminense com Castilho e o Bangu com Zózimo. Em São Paulo, o Santos com Pelé, Zito e Pepe; o Corinthians com Gilmar e Oreco, a Portuguesa de Desportos com Djalma Santos, o São Paulo com De Sordi, Dino Sani e Mauro. Os grandes campeões do mundo ficavam no Brasil. Valia a pena torcer e vibrar com a Seleção. No dia 29 de junho de 1958, portanto há 50 anos, a Taça do Mundo finalmente era nossa pela primeira vez. Outras quatro viriam, mas sem o mesmo sabor, emoção e romantismo... (FIM)
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Imagem: Google
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1958 - A TAÇA DO MUNDO É NOSSA ( 3 )

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...E veio a grande final contra os donos da casa, os suecos. Nova modificação no “onze” brasileiro: por questões táticas, acredito, De Sordi, que jogara todas as partidas anteriores dera o seu lugar a Djalma Santos, na posição de “beque-direito”. Eu tinha certeza quase absoluta da nossa vitória. Certeza baseada em fatos concretos: no início da década de 50 o campeão sueco, Malmöe (base da seleção sueca), em excursão pelo Brasil jogara umas cinco partidas amistosas contra equipes nossas, não conseguindo sequer um empate, mas tão somente quatro ou cinco derrotas por goleada. Ficou-me a impressão de um futebol muito fraco, fraquíssimo. O Brasil não podia perder deles, eu achava.
Lembro-me muito bem daquela fria manhã de domingo, 29 de junho, mais fria ainda pela nervosa expectativa. As donas-de-casa apressadas indo às feiras livres que encerravam mais cedo suas atividades; missas e sermões mais curtos do que o habitual... As ruas começaram a ficar vazias, desertas. Só se respirava Taça do Mundo.

Eu comprara na “Ducal” um rádio portátil Telespark transistorizado e nele acompanhara todos os jogos do Brasil. Neste dia eu estava na casa de minha irmã e de meu cunhado, por sinal, um ardoroso torcedor do Botafogo. Buscando maior tranqüilidade, fui ouvir o jogo sozinho numa pequena varanda que ficava no pavimento superior. E ali fiquei acomodado ouvindo as “eletrizantes” narrações dos “speakers” esportivos Pedro Luiz (Rádio Pan-Americana de São Paulo) e Geraldo José de Almeida, da Record, um pouquinho de cada um (para “dar sorte”)... A Suécia fez 1 a 0. Assustou muito. O Brasil empatou e desempatou: 2 a 1, depois 3 a 1, 4 a 1, mas a Suécia fez o segundo. O 4 a 2 assustou um pouco, afinal, faltavam uns 10 minutos ainda, e o futebol já era “uma caixinha de surpresas” e tudo podia acontecer. Milhões de torcedores brasileiros mentalmente adiantavam os ponteiros dos relógios... E quando Pelé marcou o quinto gol a explosão de alegria foi geral. Neste momento as rádios executaram pela primeira vez uma bela marchinha previamente preparada para aquela conquista: "A Taça do Mundo é nossa / com os brasileiros não há quem possa / Eeta esquadrão de ouro etc. etc. .." (Amanhã acaba esta novela, finalmente...).----
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Imagem: Google
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26 junho 2008

1958 - A TAÇA DO MUNDO É NOSSA ( 2 )

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Voltemos à "nossa" Taça do Mundo predileta... Apesar da classificação obtida de maneira difícil, quando vencemos no Maracanã a então fraca equipe do Peru, eu e mais milhões de torcedores brasileiros que nos decepcionamos nas Copas de 50 e de 54, trazíamos alguma esperança para aquela de 1958. Uma seleção que partiu desacreditada para a Europa (num Constellation da Varig...), com o ataque titular formado por Joel, Moacir e Dida (Flamengo), Mazzola (Palmeiras) e Zagallo, deu-nos a impressão de que algo de bom estava para acontecer quando vencemos de goleada dois dos maiores times italianos na época. Eram jogos amistosos, preparatórios, mas vencemos bem.

Estreamos na Taça do Mundo no dia 8 de junho (domingo) vencendo a Áustria por 3 a 0, segundo a imprensa esportiva, um "escore" que não espelhava o que tinha sido uma “peleja” dura para os brasileiros. Os “ralfes” e muito menos os “beques” não ousavam avançar ou chutar ao “arco" adversário, por isso a repercussão que teve o gol marcado por Nilton Santos, um "player" de defesa, que avançou pela "meia cancha" e foi fazer o segundo gol...

Passamos pela Áustria, mas mudanças precisavam ser feitas, e entrou Vavá no lugar de Dida para o segundo jogo dia 11 de junho (quarta-feira) contra a sempre favorita e poderosa Inglaterra, a inventora do futebol. Realmente foi um sofrimento só: um perigoso empate de 0 a 0.


O terceiro jogo, contra a URSS no dia 15 de junho (domingo), foi praticamente decisivo para a nossa classificação, entraram: Garrincha, no lugar de Joel, Pelé, no de Vavá, passando este a “center-forward” no lugar de Mazzola, e na defesa entrou Zito no lugar de Dino Sani. Resultado: Brasil 2 a 0, uma exibição que encantou o mundo, com destaques para Garrincha e Pelé, este com apenas 17 anos de idade.

Avançamos então às quartas-de-final, e no dia 19 de junho (quinta-feira), o Brasil, com Mazzola, mas sem Vavá, venceu o País de Gales por apenas 1 a 0, numa partida emocionante do começo ao fim.

E chegamos às semi-finais enfrentando no dia 24 de junho (terça-feira) a poderosíssima França que já vinha de goleadas em seus adversários. Vavá retornou ao comando do ataque no lugar de Mazzola. Parecia impossível, difícil, mas vencemos os franceses por 5 a 2, habilitando-nos à disputa do troféu Jules Rimet, a tão sonhada Taça do Mundo (não se falava Copa, mas sim, Taça). (Continua amanhã)
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Imagem escaneada por APS da edição especial da Gazeta Esportiva
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25 junho 2008

1958 - A TAÇA DO MUNDO É NOSSA ( 1 )

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NOTA: parece óbvio, mas textos longos em blogs são lidos apenas quando interessam e muito ao seu leitor. Evito falar sobre futebol, pois para isso já existem sites esportivos dinâmicos e bem elaborados, mas quando sabemos que no próximo dia 29 de junho o esporte brasileiro estará comemorando 50 anos da primeira conquista de uma Copa do Mundo, e ainda que fui um dos poucos milhões de brasileiros que tiveram o privilégio (ainda que de longe), de sentir todas as suas emoções, resolvi revivê-las aqui mesmo, sob um ponto de vista muito pessoal, característica, aliás, deste simples blog. São 4 partes, a primeira hoje, quarta-feira 25. E as demais até o dia 28, véspera da grande conquista. Não fiz pesquisa para isso, caso contrário, não teria graça, apenas confirmei alguns detalhes curiosos. Acho que esta "NOTA" já está ficando excessivamente longa... Vamos ao que interessa, se é que interessa... Obrigado. (Adelino)
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O Brasil já conquistou cinco Copas do Mundo, mas nenhuma teve, no meu entender, a mesma intensidade de emoção daquela de 1958. Por quê? E o bi-campeonato de 1962? O tri de 70? O tetra de 94? E o penta de 2002? O que mudou? O meu espírito de torcedor? Não, creio que não, pois gosto de futebol do mesmo modo que sempre gostei. Entretanto, 1958 era ano de uma época em que os profissionais permaneciam em seus clubes de origem por nove, dez ou mais temporadas consecutivas; transferência para o exterior era privilégio de poucos, e assim mesmo se descendentes de italianos: Altafini Mazzola e Humberto Tozzi, por exemplo; era época em que o tal “amor à camisa” existia de verdade, pois que ela não mudava de modelo, de patrocinador, e até de cor a cada ano. Em que os ganhos dos atletas do futebol tinham valores relativos compatíveis com a realidade do país, muito diferente de hoje quando jogadores milionários jogam - pelo menos aparentemente - para cumprir uma mera formalidade, perdem de adversários reconhecidamente fracos, e ainda deixam o gramado dando entrevistas num sotaque que passa pelo francês, alemão, italiano ou espanhol. Jogava-se com orgulho pela Seleção, sem patriotadas, mas com amor e alegria, com o pensamento longe da possível renovação de contratos milionários com fábricas de chuteiras, bolas, carros e telefones celulares. É óbvio que, como profissional, o jogador não tem culpa de mudança tão drástica. Mas é evidente que o espírito do torcedor com relação à Seleção também mudou. Hoje já se escreve sobre falta de identidade Seleção-torcedor.

Confesso-me um antigo apaixonado (mas não fanático) pelo querido clube carioca Vasco da Gama, paixão que nunca teve radicalismo ou ódio. As torcidas, então “desorganizadas”, eram organizadas, sem problema. Em jogos de 130, 140 mil pessoas, torcedores de Vasco, Botafogo, Flamengo, Fluminense, e outras equipes misturavam-se pacificamente nas arquibancadas do “lado oposto às cabines de rádio”. Vendia-se até cerveja nos balcões de cimento dos bares voltados para o campo. Quase nenhuma rixa, e se por acaso acontecesse, bastava a presença de uma dupla “Cosme e Damião” para fazer o "milagre" de educadamente colocar “ordem na casa”... (Continua amanhã)
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Imagem da Gazeta Esportiva, de São Paulo, 1958, escaneada por APS
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23 junho 2008

SOBRE O TELHADO DAS ÁRVORES

A Editora Globo e a Livraria da Vila convidam a todos para o lançamento do livro SOBRE O TELHADO DAS ÁRVORES, de Ricardo Filho, o nosso caro leitor Lord Broken Pottery. Detalhes encontram-se no convite que "furtamos" do blog da nossa amiga Aninha Pontes.

20 junho 2008

REPRISE? NÃO.

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Seria falta de assunto “deste que vos fala” ou de inspiração mesmo? Quando acontece isto, às vezes me pego relendo o que publiquei em posts antigos, e os respectivos comentários. Há mais ou menos um ano, fiz alguma coisa sobre Gary Cooper e também, separadamente, sobre a linda Maria Schell, que com ele protagonizou o inesquecível “The hanging tree”. O post do “Mr. Cooper” gerou comentários interessantes, incluindo o do nosso caro Eduardo P.L. fazendo uma surpreendente revelação: era criança quando Gary Cooper, que filmava “in location” no Guarujá, tirara do cinturão nada menos do que uma bala
(de festim, óbvio) e lhe dera de lembrança... Duvidaram. Eduardo prometeu post, foto etc e tal, mas até hoje, nada... “Matou a cobra mas cadê o pau?”, Tudo bem. Acreditamos...
Por outro lado, teve também a comovente mensagem de um leitor que se identificou como Bygarr:
“boa tarde Adelino, achei surpreendente seu blog com vários e excelentes comentários. Estou deixando meu recado pra saber se vc tem o filme " A árvore dos enforcados" gravado e, se o tiver se pode fazer uma cópia para um tio meu que é fascinado por este filme, meu e-mail é
bygarr@itelefonica.com.br. Sem mais lhe agradeço”.
Eu não pude fazer a cópia, mas mesmo com um atraso considerável, consegui indicar-lhe onde, com certeza, poderia conseguir o filme predileto de seu tio. Espero ter ajudado o nosso caro leitor a realizar o seu desejo.
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Cena do filme "The hanging tree"
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REVISTAS DO "MEU TEMPO" N. 5

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A revista CARIOCA, criada por volta de 1935, era editada pelo empresa A Noite, localizada na Praça Mauá n. 7, no Rio de Janeiro, no mesmo edifício onde sempre esteve instalada a Rádio Nacional. O exemplar que mostramos no post é o de n. 530, que circulou no sábado, 01/12/1945, portanto, há 62 anos, ao preço de CR$ 1,20 para o Distrito Federal e CR$ 1,50 para os demais estados. Vale lembrar que CR$ 1,20 correspondia ao preço de uma entrada de cinema ou de uma edição do Globo Juvenil Mensal. No sentido horário vemos Joan Leslie, atriz de Hollywood (capa), Marguerite Chapman, e o "reclame" da "película" Ilusões da Vida, com Peg Ryan e John Hall, bem como uma chamada para o "celulóide" A irresistível, com Yvonne de Carlo e Rod Cameron...
Esta edição publicou ainda uma matéria sobre as eleições que se realizariam no dia seguinte, domingo, nas quais seria eleito o candidato do então deposto Presidente Vargas, General Eurico Gaspar Dutra. Uma reportagem sobre a bela atriz Jeanne Crain, e outra sobre o verão carioca que se aproximava. E além disso, propagandas como:
Pag 11 - OMEGA aqui está o relógio que o Sr. estava esperando;

Pag 13 - REGINA, rainha das águas de colônia;
Pag 14 - TRICÓFERO du BARRY (realce seu encanto: cabelos);
Pag 37 - Tosse, bronquite, SATOSIN;
Pag 41 - Novo esmalte de unhas SAFARI;
Pag 49 - BIROME, a esferográfica (uma novidade que surgia);

Pag 55 - Casa Guiomar (sapataria);
Pag 58 - Mexericos de Hollywood.

E mais: um pitoresco "anúncio" à página 41 dizia textualmente: "...quando o busto fôr insuficiente ou sem firmeza, use BÉL-HORMON n. 1; quando fôr ao contrário demasiadamente volumoso use BÉL-HORMON n. 2..."

Não resta dúvida que os tempos evoluíram bastante...
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Edição de APS
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05 junho 2008

REVISTAS DO "MEU TEMPO" - 4

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Apesar de não ser tanto assim do "meu tempo", apresentamos mais uma revista dedicada ao cinema: CINE-MUNDIAL, (Revista mensal ilustrada, de julho de 1936), editada e impressa na Fifth Avenue, New York, USA, com representantes autorizados na Argentina, Brasil, Cuba, México e Espanha. O exemplar mostrado no post está em castelhano e traz na capa um desenho a cores da bela atriz Jean Muir. Nas páginas internas, lá como cá, propagandas como:

1 - Presentamos a Ud. un nuevo producto de la Casa Bayer: TÓNICO BAYER;
2 - Su tono es tan perfecto que me dí cuenta de que era un PHILCO (o rádio);
3 - De tal padre tal hijo - pregunte a quien tenga uno PACKARD "120" (O carro);
4 - La magica Parker Vacumatic... imitada pero jamás igualada (a caneta Parker);
5 - La mujer "chic" solo usa Cutex (O esmalte para unhas);
6 - Cuando las manos se juntam El corazón lo refleja: CREMA de miel e almendras HINS (Creme de beleza);

E tem mais: fotos de Jean Harlow, Mae West, la "rubísima" Toby Wing, Jean Parker, Jean Rogers (que seria a Dale Arden, do Flash Gordon), Betty Furness, George Brent e tantos outros. Enfim, cinema puro...
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(Capa da revista original escaneada por Aps)
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DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE

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Celebra-se hoje o DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE. Parece que as coisas não mudaram muito. Em 1983, portanto há 25 anos, Ignácio de Loyola Brandão escrevia para seus filhos, então crianças:

"Ah, o mundo que estamos preparando para vocês! Como não ter vergonha deste presente que desfaz o futuro? Por séculos, é verdade, o homem atacou a natureza e o meio em que vivia. Geralmente em função da própria sobrevivência. Mesmo os excessos eram corrigidos pela força da natureza. Era uma depredação controlada, diminuta, gradual, deixando ao meio possibilidades de recuperação."
"Mas o homem descobriu a máquina, veio a revolução industrial, a tecnologia desenfreada e mal utilizada, cresceu a ambição da vida "confortável", fácil, automatizada, a necessidade do lucro imediato. Os meios de destruir se multiplicaram, tornaram-se fortes, poderosos. Ninguém mais pode contra os tratores, moto-serras, correntões, buldôzeres, desfolhantes. Cavou-se a terra em busca de minérios, petróleo, as reservas esgotam-se. E coma vida moderna derrubamos as matas, poluímos as águas, envenenamos o ar, arruinamos a atmosfera, intoxicamos a produção de alimentos, estamos tornando a vida impossível. Mas ainda há retorno. Desde que seja imediato."

(Nota: a gravura faz parte do texto)
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