NA GUERRA - 22 DE AGOSTO DE 1942
----------------------------------------------------------------------------------
Já que o meu depoimento no post “FIM DA GUERRA - 8 DE MAIO DE 1945” despertou algum interesse, por que não contar como foi o começo dela em nossa cidade? Então vamos lá.
Corria o ano de 1942. Foi com muito medo que naquela manhã vimos passar pela nossa rua uma passeata de estudantes irados, portando cartazes, gritando, exigindo que o Brasil declarasse guerra à Alemanha. Era assustador. Minha mãe e irmãs trancaram portas e janelas e ficaram tentando ver alguma coisa pelas venezianas.
Mas como, eu me perguntava na minha ingenuidade de criança, querer guerra se o maior temor das famílias era justamente a possibilidade de seus filhos e irmãos serem chamados a lutar e a morrer? Para mim não era nada fácil compreender essas aparentes contradições.
Pouco depois, submarinos alemães, além de se aproximarem das águas da Baía de Guanabara, afundaram navios mercantes nacionais, causando a morte de milhares de brasileiros. O movimento pró-participação do Brasil no conflito cresceu assustadoramente. Parecia iminente a entrada do Brasil na guerra.
Convencionou-se que o hino nacional brasileiro não mais seria executado, exceto no dia em que o nosso país declarasse guerra ao Eixo (Alemanha, Japão e Itália).
E isto aconteceu às 8 horas da noite de 22 de agosto de 1942, quando os seus primeiros acordes abrirarm a "Hora do Brasil”, programa transmitido diariamente para todo o país. Acontecera o que todos temiam. O Brasil estava na guerra. Familiares, pessoas amigas, vizinhos, conhecidos e desconhecidos, desconsolados choravam sozinhos ou em grupos diante da possibilidade de verem seus filhos, irmãos, noivos, namorados lutando e morrendo numa guerra da qual iríamos participar. Parecia um pesadelo onde o mundo se acabava...
Foi assim que vi e senti, como criança, o início da II Guerra Mundial para o Brasil em minha querida cidade natal.
Já que o meu depoimento no post “FIM DA GUERRA - 8 DE MAIO DE 1945” despertou algum interesse, por que não contar como foi o começo dela em nossa cidade? Então vamos lá.
Corria o ano de 1942. Foi com muito medo que naquela manhã vimos passar pela nossa rua uma passeata de estudantes irados, portando cartazes, gritando, exigindo que o Brasil declarasse guerra à Alemanha. Era assustador. Minha mãe e irmãs trancaram portas e janelas e ficaram tentando ver alguma coisa pelas venezianas.
Mas como, eu me perguntava na minha ingenuidade de criança, querer guerra se o maior temor das famílias era justamente a possibilidade de seus filhos e irmãos serem chamados a lutar e a morrer? Para mim não era nada fácil compreender essas aparentes contradições.
Pouco depois, submarinos alemães, além de se aproximarem das águas da Baía de Guanabara, afundaram navios mercantes nacionais, causando a morte de milhares de brasileiros. O movimento pró-participação do Brasil no conflito cresceu assustadoramente. Parecia iminente a entrada do Brasil na guerra.
Convencionou-se que o hino nacional brasileiro não mais seria executado, exceto no dia em que o nosso país declarasse guerra ao Eixo (Alemanha, Japão e Itália).
E isto aconteceu às 8 horas da noite de 22 de agosto de 1942, quando os seus primeiros acordes abrirarm a "Hora do Brasil”, programa transmitido diariamente para todo o país. Acontecera o que todos temiam. O Brasil estava na guerra. Familiares, pessoas amigas, vizinhos, conhecidos e desconhecidos, desconsolados choravam sozinhos ou em grupos diante da possibilidade de verem seus filhos, irmãos, noivos, namorados lutando e morrendo numa guerra da qual iríamos participar. Parecia um pesadelo onde o mundo se acabava...
Foi assim que vi e senti, como criança, o início da II Guerra Mundial para o Brasil em minha querida cidade natal.
(Adelino P. Silva)
----------------------------------------------------------------------------------
No MONUMENTO AOS MORTOS DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL (foto) encontram-se lápides simbólicas com os nomes dos soldados brasileiros mortos em combate na Europa, incluindo os tripulantes dos navios afundados nas costas brasileiras.
----------------------------------------------------------------------------------
7 Comments:
Puxa Adelino, agora eu fiquei com gosto de quero mais.
A forma como você nos contou uma história verídica e triste, deu vontade de sentar e ouvir.
Lembrei-me de quando minha mãe ou meu pai nos contava histórias, e nós sentávamos todos no chão ao redor de suas pernas para atentamente ouvi-los.
Viajei.
Um abraço
Adelino, é sempre bom ouvir estórias e história. Principalmente de quem testemunhou os fatos. Embora criança, tua memória ainda guarda muita coisa.
Legal isso. Netos então devem adorar.
Abraço grande
É mesmo, Anna, o avô de minha esposa participou da I Guerra Mundial (1914-1917) como combatente direto mesmo. Era anti-mussolinista (que começava a aparecer) até a medula.
Eu não o conheci, e ela sempre dizia que se eu o tivesse conhecido ficaríamos horas e mais horas conversando. Imagino. Tenho todos os documentos dele, os certificados, passaportes, baixas.
Da minha mãe eu gostava de ouvir as histórias verdadeiras que contava e as que recontava. Tem uma que qualquer hora faço um post. O problema é que tenho de reduzi-la ao máximo possível.
Um abraço.
Valter, o interessante é a gente contar o fato do jeito que o vivemos ou vivenciamos, sem enfeitar muito. Como você bem disse são as estórias da História. Pois, então, eu comecei a falar da II Guerra pelo seu final, e depois, do seu começo, na minha cidade. Encerrando, acho que falarei sobre o "durante"... E encerrar a série. Que tal?
Grande abraço
Adelino, boa idéia. Vou aguardar.
Abraço
Valter, o "durante" da guerra virá depois.
Postei, hoje, uma foto do Teatro Municipal, interessante...
Grande abraço
Sr, Avelino
Tenho procurado informacoes sobre este assunto em todos os lugares(aceito dicas) para uma tese e incontaveis vezes, alunos de historia do Brasil me olham como se fosse louca quando pergunto sobre o assunto dos navios afundados na Baia de Guanabara.
Obrigada pela impagavel informacao!
Postar um comentário
<< Home