29 outubro 2007

TAREFA MUITO DIFÍCIL...

Outro dia (05/10/2007) a jovem Cristiane, do FRAGMENTOS DE MIM, deu-me a honra de mencionar-me entre dez amigos seus, blogueiros. Fiquei feliz, apesar da difícil incumbência que ela me passou de também indicar 10 outros nomes. Eu indicaria todos os outros 85 que já passaram por aqui, mas é impossível. E por ser impossível, libero inteiramente os meus relacionados da obrigação de indicarem outros dez, porque sei que é difícil. Salvo se quiserem fazê-lo. Segue a minha lista, para não ficar em falta com a Cristiane:

1 – YVONNE: um belo estilo de escrever que agrada a todos, e, claro a mim também. Vai fundo nas questões aparentemente simples que vivemos no nosso dia-a-dia, e que nem sempre temos coragem ou habilidade para externá-las. Tenho orgulho de tê-la como amiga e visitante assídua;

2 - PERI: quem o vê em seu blog, e comentando nos demais, não imagina quão versátil ele é. Fala com sensibilidade do estilingue, do bodoque, da atiradeira e até dos gibis e seriados com uma naturalidade extraordinária;

3 - ERY ROBERTO: um cavalheiro, um blogueiro/escritor, inteligente, atuante, que não poupa incentivos aos novatos. Ery me disse uma coisa importante: “... não se incomode com a quantidade de pessoas que visita o seu blog. Escreva para você. Se apenas uma pessoa ler já serão duas, e assim vai...”;

4 – SONIA: a nossa amiga Sonia esbanja elegância, cultura e bom gosto. Vou no Leaves and Grass e ali fico admirando as fotos maravilhosas, a maior parte delas de sua autoria. A Sonia, assim como o Eduardo, ficou assídua por aqui desde que postei um exemplar da Claudia n. 1, revista da qual ela foi brilhante colaboradora durante sete anos consecutivos;

5 – HELÔ LIMA: a minha primeira amiga na blogosfera, uma das pessoas que me incentivaram a criar este espaço. O pouco que sei de blogs devo a ela. Pena que tenha se ausentado por tanto tempo do Banana&Etc. Criou recentemente o seu Cena Inesquecível, de muito bom gosto;

6 – MARILIA ALVARENGA: advogada competente, mãe idem. Atleticana ardorosa, sofre duplamente com o seu time quando, no mesmo dia, ele perde e o Cruzeiro ganha. Marilia, a cronista/contista/poetisa, sem dúvida foi a grande e grata revelação de 2007;

7 – STRIX: se a Marilia foi a grande revelação de 2007, Strix foi a grande surpresa, enriquecendo com detalhes curiosos, frutos de sua experiência pessoal, temas de posts sobre todos os assuntos, de preferência polêmicos, como o suicídio de Vargas e a verdadeira nacionalidade de Colombo;

8 – VALTER FERRAZ: já foi indicado pela Cristiane, mas como deixá-lo de fora? Inteligente, experiente, escritor - agora publicado -, às vezes dá um tempo no Perplexoinside, mas volta melhor ainda. É um dos que mais prestigiam este modesto espaço;

9 – ANNA PONTES: se fosse no tempo da Jovem Guarda seria a “Ternurinha”. Identifico-me muito com as reminiscências da Anna, quando, provocada por um post daqui, ela nos brinda com maravilhosas narrativas de fatos de sua infância também passada no interior. Forma com o Valter, no meu conceito, o Casal 20 dos blogueiros;

10 – EDUARDO: assim como a Sonia, sempre presente com seus comentários oportunos e pertinentes. Mantém um blog maravilhoso. Abraça de imediato as boas causas, e ainda incentiva os outros a fazerem o mesmo. No post Claudia n. 1, deixou escapar uma informação interessante: foi o primeiro e único homem no Brasil e ser capa daquela conceituada revista feminina...;

11 – FERNANDO CALS: o nosso mestre, além de grande arquiteto, um excelente articulista, um exemplo para os jovens de todas as idades... Rubro-negro incansável, sofre e se alegra com o seu Mengão. Se facilitar vai para o Guinness Book como o blogueiro mais assíduo da Internet. Comenta pouco nos outros blogs, mas não importa, pois comentamos no dele;

12 – DENISE SOLLAMI: a gente começa a ler seus posts e não consegue parar. Tem de ir até o fim. Expressa com muita clareza as suas opiniões e conceitos que, na grande maioria das vezes, são também os nossos. Grande Denise;

13 – RICARDO RAMOS: o Lord Broken Pottery dispensa comentários. Escritor completo, escreve com uma suavidade impressionante. Se seus textos fossem cerveja, eu diria que “descem redondo...”. Desculpe a comparação, Lord, mas é isto mesmo...

14 - E ainda tem as queridas Deize, Luci, Jeanne, Lucia Freitas, Meire, Márcia, Denise, Raquel, Adriana, Vivien, Kenys e tantos outros amigas e amigos talentosos, inteligentes, maravilhosos, a quem muito agradeço.

Então, acho que cumpri a minha tarefa. Não tão bem, porque passei de 10, mas cumpri. Muito grato pela honraria, Cristiane.

12 outubro 2007

12 DE OUTUBRO - Cristóvão Colombo


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É curioso, mas "antigamente", no meu tempo de Curso Primário, comemorava-se festivamente o dia de hoje, ou seja, o DESCOBRIMENTO DA AMÉRICA. Hoje nem se fala mais nisso. Acho que Cristóvão Colombo não "vende" tanto quanto o Dia da Criança...
Vamos relembrá-lo, pois...

Cristóvão nasceu em Gênova, (Itália), presumivelmente em 1451. Pobre, cedo dedicou-se à vida marítima. Em Portugal, casou-se em 1480 com a filha de um navegador, em cuja biblioteca aprimorou seus conhecimentos.

Estava certo de que podia chegar às Índias pelo Ocidente, mas não teve o apoio dos reis de Portugal, da Inglaterra e da França. Em 1485 foi para a Espanha. Por influência da rainha Isabel, obteve a aprovação de seu projeto pelos soberanos espanhóis. Nomeado almirante-dos-mares pelo rei Fernando, e financiado em partes iguais por este e por banqueiros genoveses de Sevilha, partiu com três caravelas em 03/08/1492 do porto de Palos. Em 12/10/1492 chegou a uma ilha que hoje seria nas Bahamas, e logo a seguir nas que seriam Cuba e Haiti.

Voltou à Espanha certo de que tinha chegado a Ásia. Bem equipado, retomou suas viagens em 1493, desembarcando em várias ilhas do Caribe, entre elas, as atuais ilhas de Martinica, Porto Rico e Jamaica, além do litoral sudoeste de Cuba. Cinco anos depois empreendeu nova expedição pelas costas do continente, chegando às ilhas de Trinidad, Tobago e Granada.

Entre 1502 e 1504, Colombo realizou sua última viagem, na qual completou o reconhecimento das Antilhas e da costa da América Central. De volta à Espanha em 1504, mas sem a confiança do rei, em decorrência de intrigas e invejas na corte. Morreu em 1506, com a certeza de ter chegado às Índias, mas sem o reconhecimento oficial de seu direito às terras por ele descobertas.

Deixou dois filhos: Diego e Fernando.

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Imagem de Elton Melo
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12 DE OUTUBRO - DIA DA CRIANÇA


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Há uns dois, três meses eu estava rabiscando um papel (hábito meu) e quando vi tinha feito à mão livre este esboço de um rosto de menino. Achei que ficou bom, e nem mexi mais... Ia estragar, e não teria habilidade para refazê-lo. Mandei o desenho para uma pessoa amiga, além de mostrá-lo pessoalmente para outras. Ouvi de uma delas, a pergunta: "O desenho está ótimo, mas por que tanta tristeza no olhar do menino?" Respondi-lhe que não tinha sido intencional, mas por mero acaso.

Hoje, DIA DA CRIANÇA, resolvi postá-lo por achar que aquele olhar triste refletia a incerteza, temor e preocupação com o futuro de um Mundo que se lhe apresenta hoje cheio de contradições, previsões pessimistas e de quase total desprezo para com a vida na Terra. Em compensação, talvez estejam nas mãos dessa criança de olhar triste as soluções que os homens maduros de hoje ainda não enxergaram ou não desejam enxergar.

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Desenho de Adelino P. Silva
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06 outubro 2007

AGRADECENDO PREMIAÇÕES




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Agradeço o carinho dos amigos leitores ANNA PONTES, MARILIA ALVARENGA e EDUARDO P.L. pelos "prêmios" que bondosamente me ofereceram nos dias 21/09/2007, 01/10/2007 e 02/10/2007, respectivamente. Prefiro não fazer indicações de outros amigos porque acho que todos são merecedores, incluindo, claro, os que me presentearam com os "mimos".
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05 outubro 2007

SPUTNIK - Há 50 anos...


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No dia 4 de outubro de 1957, a URSS surpreendeu o mundo lançando com sucesso ao espaço o que seria um satélite artificial. Naquele tempo poucos sabiam o que se passava além da chamada "Cortina de Ferro", por isso se a tentativa dos soviéticos não fosse bem sucedida, o fracasso certamente seria escondido.

O jornal O Globo, em sua edição de 5 de outubro daquele ano, publicava: "A EMISSORA DE MOSCOU anunciou na noite de hoje (ontem) que a Rússia lançou ao espaço o primeiro satélite artificial da Terra. A notícia foi fornecida pela Agência Tass, que disse: Durante vários anos, vêm sendo feitos trabalhos e desenhos experimentais na União Soviética, com vistas ao lançamento dos satélites artificiais. Agora, como resultado dos esforços, foi criado o primeiro satélite artificial da Terra, enviado aos ares hoje (...) descrevendo uma trajetória elíptica, a uma altitude de 900km. (...) Moscou descreve o engenho como sendo uma esfera de 59cm de diâmetro, pesando 83,6kg e equipado com um aparelho radiotransmissor. (...) ...e velocidade orbital de 28.800km/h..."

"A National Broadcasting System (NBS) anunciou que o ruído do satélite foi registrado pela Radio Corporation of America, esta noite, em Nova York, e retransmitido para a NBC. A referida emissora interrompeu seus programas regulares, a fim de transmitir o ruído do satélite russo por sua rede de rádio e televisão."


O cinema brasileiro estava no auge. Produzia filmes satírizando títulos de "películas" e fatos de repercussão nacional e internacional. E não poderia ser diferente com o satélite russo. No ano seguinte, 1959, a Atlântida Cinematográfica lançava "O HOMEM DO SPUTNIK", direção de Carlos Manga, com Oscarito, Cyl Farney, Grande Otelo e, se não me engano, Norma Benguel. É uma comédia que conta as peripécias de um homem simples que acredita ter o satélite russo Sputnik caído em seu quintal...
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Fontes: YouTube e jornal O GLOBO, seção HÁ 50 ANOS
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02 outubro 2007

O “MEU” CINEMA – (Parte 8 – FINAL)


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O Cine Metrópole era o mais sofisticado dos três cinemas, o mais "chic". Espectadores masculinos eram obrigados ao uso de paletó e gravata. Vestido, casaco e mantô para moças, meninas e senhoras... Aos sábados e domingos eram duas sessões noturnas, e as matinês nos domingos à tarde (às vezes matinês-dançantes)...

Nos últimos dias de cada mês entregavam na entrada um programa mensal impresso em preto e branco, uma espécie de caderno (20x15 centímetros mais ou menos) de quatro páginas, grampeado ao meio, muito bem elaborado. Informavam data, hora, dia da semana, artistas e uma sinopse das “fitas” que seriam exibidas no mês seguinte, além de pequenas fotos dos principais filmes. O caderninho informava a programação dos três cinemas, já que pertenciam a um mesmo grupo familiar, o que seria chamado hoje de rede.

O cinema era o maior entretenimento da época. Ir ao cinema, pelo menos aos sábados e domingos à noite, era uma atividade social importante, independente da qualidade do filme. Para a maioria da população as opções de lazer eram mínimas. Terminada a última sessão, apagavam-se as luzes e a movimentação de pessoas passeando nas imediações (footing) aos poucos ia se escasseando.

Era assim que eu via o Cinema em Uberaba em meados da década de1940, uma época cheia de sonho, ilusão, expectativa, alegria e, por que não dizer: medo. Medo de uma guerra que terminava. Medo de outra que começava: a guerra fria. (THE END)

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Imagem internet
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O “MEU” CINEMA – (Parte 7)


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Voltando aos cinemas como casas de espetáculo: o Cine Theatro Royal era o mais modesto e, se não me engano, o mais antigo em atividade. A pequena tela retangular originalmente branca já não era tão branca, porque ao contrário dos demais cinemas não tinha cortina para protegê-la da poeira. O Royal era, assim, a nossa última opção, porque se tívéssemos perdido a sessão anterior do São Luiz, que iniciava e terminava mais cedo, íamos correndo para lá, já que ambos exibiam o mesmo epísódio de seriado. A sessão começava no São Luiz. Terminada a primeira parte, o filme era levado para exibição no Royal. Se tivesse duas ou mais partes, o portador ficava transitando à pé entre os dois cinemas carregando nas costas as pesadísimas latas que embalavam as películas...

Às vezes íamos ao cinema ávidos por assistir a um episódio decisivo e emocionante, mas volta e meia acontecia um incidente intrigante: depois dos cine-jornais, trailers, e filmetes de 30/40 minutos, os espectadores se ajeitavam nas poltronas para melhor viver "as grandes emoções" aguardadas tão ansiosamente após tanto sacrifício... Alguns até já tinham pegado no sono, e eram acordados... Aí então acontecia a “grande surpresa”: na tela, em letras grandes, ostensivas, no lugar do seriado aparecia a seguinte legenda “POR MOTIVO DE ATRASO DO TREM NÃO SERÃO EXIBIDOS HOJE OS CAPÍTULOS (tais e tais) DO SERIADO A DEUSA DE JOBAH . A Gerência”. Não pediam desculpas pelo “transtorno causado”, e muito menos devolviam os ingressos. Era uma ducha fria no entusiasmo da platéia, uma decepção externada por meio de muito barulho e assobios que iam diminuindo de intensidade à medida que projetavam os primeiros letreiros anunciando o filme “regra três” de Budd Abbott e Lou Costello, ou então do Gordo e o Magro (Stan Laurel e Oliver Hardy)... A decepção era muita. Alguns espectadores se retiravam, outros “engoliam o desaforo” e esperavam até o final da sessão...

Certa vez exibiram nas matinês de domingo, uma série dez desenhos animados do Super-Homem. Em cada sessão uma história completa com duração de uns sete minutos. Os desenhos tinham colorido forte e claro, e foi com pesar que vimos aquela série chegar ao fim. Apesar da técnica quase primária com que eram feitos, esses desenhos tinham mais encanto do que os atuais, perfeitos, criados em computador. E terminávamos o nosso domingo, lendo tranqüilamente o Globo Juvenil e o Gibi tri-semanal. Os demais membros da família conversavam com os amigos vizinhos ou ouviam algum programa da Rádio Nacional do Rio de Janeiro... (CONTINUA)
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Imagem da internet
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O “MEU” CINEMA – (Parte 6)


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Meu fascinio por cinema era grande, não somente pela arte em si, mas também pelo seu aspecto técnico. O Cine-Teatro São Luiz ficava mais ou menos no meio do trajeto de nossa casa para o Grupo Escolar Minas Gerais, onde eu estudava. Como as aulas começavam às sete da manhã, muitas vezes eu saía mais cedo com a esperança de passar pelo Cine São Luiz e encontrar pedacinhos de celulóides com cenas de filmes ali exibidos na véspera, geralmente seriados. Explica-se: para fazer as emendas, o operador, ou seja, o encarregado de projetar o filme e monitorar o projetor, quase sempre tinha de cortar um pedacinho da película, jogando os resíduos num latão, mais tarde colocado na calçada em frente ao cinema. Lixo limpo, a ser recolhido pela Limpeza Urbana. Aquilo que para o operador não valia nada para mim era uma jóia raríssima. Fiquei exultante quando encontrei um quadrinho (fotograma) do seriado O Fantasma exibido na noite anterior, e mais ainda quando me deparei com um frame (quadrinho) de um desenho colorido do Super-Homem exibido num domingo à tarde.

Certo dia, consegui realizar o “milagre” de projetar fotogramas na parede e numa folha branca de caderno. Luminosidade e ampliação, precárias, mas mesmo assim achei fantástico, pois com vontade e criatividade produzi algo que julgava impossível. A “máquina” que imaginei funcionava com uma “lente” para ampliação e projeção feita de uma lâmpada de vidro transparente, queimada. Fiz uma abertura na parte de cima do bocal feito de material semelhante a cerâmica, e por ali retirei os filamentos e os isolantes de vidro. Limpei a sua parte interna e ali coloquei água da torneira, bem cristalina. O problema da lente tinha sido resolvido...

Abri uma janelinha de 3 x 2cm no lado menor de uma caixa de sapatos. Enrosquei a lâmpada (já “lente”) pelo lado de dentro da caixa deixando a sua parte bojuda exatamente em frente à janelinha. Coloquei um fotograma cobrindo essa abertura, e com um pedaço de espelho fiz refletir os raios do sol sobre ele. A imagem formada sobre a “lente” era projetada e ampliada na parede ou num papel branco de uns 10x15cm. Na falta dos fotogramas, eu desenhava figuras com tinta comum azul sobre papel transparente retirado de maços de cigarros (se molhasse saía tudo)... Entrava-se a sonoplastia e estava pronto o “meu” cinema do tempo bem anterior ao das cavernas...

Um dia, meu irmão e eu resolvemos construir um projetor "de verdade", uma câmera, mas não conhecíamos os princípios básicos do cinema, nem qual fenômeno físico fazia com que as imagens se movimentassem na tela. Achávamos que o simples deslocamento de uma série de fotogramas em frente à janelinha do projetor seria suficiente para produzir o movimento das imagens projetadas, desde que estas, pensávamos, ficassem imobilizadas durante certa fração uniforme de tempo. Foi trabalhoso, mas fizemos à mão uma roda de madeira utilizando apenas serrinha e faca (naquele tempo não se compravam ferramentas com tanta facilidade como hoje. Era tudo Made in USA... A intermitência na passagem dos fotogramas poderia ser conseguida com hastes de arame de cobre, partindo do centro para as bordas da roda, que girava acionada por uma manivela, também de arame. Enfim, um trambolho.

Não deu certo a nossa tentativa, lógico, pois o mecanismo real era muito mais complexo do que a nossa imaginação de crianças nos fazia supor. Popularmente falando “tínhamos ouvido o galo cantar, mas não sabíamos onde”... Se tivéssemos ao nosso alcance livros, manuais e ferramentas apropriadas como serra circular, serra de copo, furadeira e outras talvez até alcançássemos algum êxito naquela incrível tentativa de fazer o tal “projetor” funcionar, ainda que muito primitivamente. (CONTINUA)

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Imagem capturada da internet
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