27 abril 2007

LIZABETH SCOTT

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Lizabeth Scott, cujo nome de batismo era Emma Matzo, nasceu em Scranton, Pensylvania, USA, em 29/09/1922. Filha de imigrantes eslovacos, estudou arte dramática em Nova York. Em 1942 trabalhou como substituta eventual de Talulah Bankhead na peça The Skin of Our Teeth, sem oportunidade, porém, de exercer o papel principal. Desanimada, aceitou papéis menores, e ainda trabalhou como manequim. Algumas circunstâncias favoráveis trouxeram-na de volta ao teatro. Com a doença da intérprete de “Sabina”, Elizabeth, que a substituíra muito bem, acabou ficando definitivamente no seu lugar. Mais tarde, por ironia do destino, foi convidada, mas recusou protagonizar The Skin of Our Teeth, aquela mesma peça na qual tinha sido simplesmente a substituta de Talulah.

Segundo contam, resolveu suprimir o “E” inicial de seu nome apenas para “ficar diferente”.

Uma foto de Lizabeth no Harper´s Bazar chamou a atenção do agente Charles Feldman. Fez testes na Warner Brothers, mas quem a contratou foi a Paramount Pictures, estreando ao lado de Robert Cummings no filme You Came Along (1945). Embora tivesse mais talento do que elas, os produtores tentaram fazer de Lizabeth uma espécie de Lauren Bacall ou Veronica Lake, já que seu semblante e voz lembravam Bacall, então esposa de Humphrey Bogart. Na Paramount atuou ao lado de astros famosos como John Hodiak, Burt Lancaster, Wendell Corey, Mary Astor, Kirk Douglas, Humphrey Bogart, Dean Martin.

A linda atriz Lizabeth não se casou ou teve filhos. Ela não se conformava com os rumores de que era lésbica, envolvendo-se, por isso em alguns processos judiciais.

Seu último filme foi com Mickey Rooney, em 1972. Lizabeth Scott está imortalizada na Calçada da Fama (1624 Vine Street – Hollywood) pela sua contribuição às ciências cinematográficas.
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Fontes: diversas
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CASA DA MOEDA - Lenda ou realidade?

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Um belo e imponente conjunto arquitetônico foi construído entre os anos de 1858 e 1868 defronte à Praça da República. Era então Ministro da Fazenda, João Rodrigues Torres, o Visconde de Itaboraí, e ali seria a nova sede da CASA DA MOEDA DO BRASIL. Até aí nada demais, não fosse o artigo que li há muitos anos no Jornal do Brasil, cujo recorte, como de hábito, deve ter sumido, e ainda que escaneado provavelmente foi deletado involuntariamente numa “vassourada” qualquer.

Mas vamos lá. O artigo contava que o projeto da CASA DA MOEDA fora encomendado a um arquiteto brasileiro que, por ter estudado em Paris, pediu a um seu colega francês que colaborasse ou mesmo realizasse aquele trabalho. Acontece que na mesma ocasião esse seu amigo francês estava colaborando na idealização do prédio que seria a sede do governo chileno, também por encomenda. Comunicações arcaicas fizeram com que o projeto da nossa CASA DA MOEDA fosse parar no Chile, e o da sede do governo chileno, no Rio de Janeiro. A troca não foi descoberta a tempo, e o cronograma de obras foi cumprido normalmente, tanto no Rio quanto em Santiago.

Acrescenta o artigo, que este fato, embora negado, é verdadeiro. E citam como provas: a nossa CASA DA MOEDA, que devia estar aqui, mas estava construída no Chile, teve de ser adaptada para servir de moradia ao governo de Santiago, pois na realidade era uma fábrica, sem conforto, nada residencial. Só não mudaram o nome: PALACIO DE LA MONEDA... E o “nosso palácio do governo chileno”, embora também adaptado foi obrigado a manter o seu luxo, a sua suntuosidade, como escadas de mármores caríssimos, aposentos confortáveis, vitreaux importados, grandes colunas trabalhadas, jardins com palmeiras, enfim, um luxo nada condizente com aquilo que deveria ser apenas uma “fábrica de moedas”... Esta é a história que li. Mas, na verdade, isto deve ser apenas lenda, pois o Palacio de la Moneda, no Chile, teria este nome em virtude de ali ter sido realmente uma antiga fábrica de moedas.

Encerrando: certa vez, num programa de debates da TV-E no qual participavam engenheiros e arquitetos, pois o tema era tombamento de prédios antigos do Rio, perguntei a um dos componentes do programa se aquilo era verdade, mas não obtive uma resposta objetiva. Acho que não entenderam a minha pergunta, pois apenas indicaram-me um local onde eu poderia consultar as plantas originais dos prédios antigos. Desisti.
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Foto/d Adelino P. Silva
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ALÉM DO UNIVERSO

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Um artigo sobre novas descobertas científicas no campo da Astronomia trouxe-me à lembrança a figura do nosso cunhado, excelente pessoa, marido de minha irmã. Astrônomo amador, inteligente, estudava e lia com enorme interesse livros e artigos especializados no assunto publicados em italiano, francês, castelhano e inglês.Se lhe fosse feita uma pergunta sobre qualquer assunto a sua resposta era objetiva, mas uma ida aos livros tornava-se obrigatória, pois não se contentava em transmitir apenas o que sabia. Sua paixão pela Astronomia levou-o a importar um bom telescópio dos USA, no qual observávamos com excelente nitidez Saturno e seus anéis, a “estrela” Vênus, e Marte, com seus canais misteriosos; a Lua parecia uma laranja descascada, ali, ao alcance de nossas mãos. Nas noites frias de inverno utilizava o facho de uma possante lanterna para nos mostrar no céu estrelado os “desenhos” das principais constelações, seus nomes e lendas.
É dispensável dizer que ele foi um dos ídolos de nossa infância. Seu sonho era visitar o Observatório Nacional, no bairro imperial de São Cristóvão. Fez o pedido por escrito, cumprindo as formalidades exigidas. E entrou na fila de espera. Decorrido algum tempo recebeu uma carta confirmando mês, dia e hora em que o seu sonho finalmente se tornaria realidade. Alegre, exibia a correspondência para amigos e parentes. E sonhava com a aproximação da grande noite do dia marcado. Este finalmente chegou, mas com a cidade do Rio de Janeiro coberta de nuvens, céu escuro, e com aquela chuvinha teimosa que fica por dois, três dias no mesmo lugar.
A visita, claro, cancelada. Teria de fazer novo pedido. Até que podia usar uma certa influência, pois conhecia funcionários do Observatório, mas a sua elegância e cavalheirismo fazia com que recusasse qualquer privilégio. O tempo passou e acho que acabou desistindo, e ele nunca foi visto lamentando tão desagradável coincidência, pelo contrário, sempre que o assunto era pertinente ele contava aquela história com muito bom humor.

Trinta anos se passaram. Um dia nos avisaram que ele tivera um mal repentino. Não estava nada bem. Ao anoitecer, torcíamos e orávamos em silêncio pela sua recuperação. Olhei distraidamente para o espaço de fora da janela. Vi uma pequenina estrela muito brilhante se deslocando lentamente para a frente e para o alto, com uma luminosidade tão grande que chamei as pessoas de casa para observarem comigo. Ninguém tínha idéia do que podia ser. E a “estrela” desapareceu entre as nuvens claras que ainda visíveis cobriam as montanhas próximas ao Grajaú, bairro onde residia com a família. Neste instante o telefone tocou: avisavam que infelizmente o nosso cunhado, com quem convivêramos desde pequeninos, tinha deixado este mundo, ou melhor, este planeta. Para amenizar a minha tristeza achei melhor pensar que ele tinha partido feliz ao lado daquela estrela brilhante e misteriosa que tínhamos visto momentos antes. E quem afirmaria que não?
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(Imagem: internet)
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19 abril 2007

TRIBUNA DA IMPRENSA - Rua do Lavradio, 20

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Além da Feira de Antiguidades que se realiza na Rua do Lavradio, Rio de Janeiro, existe ali um prédio antigo, que de tão histórico talvez merecesse até ser tombado pela Prefeitura. Refiro-me ao prédio do jornal Tribuna da Imprensa. Eis um pouquinho de sua história: o combativo ex-deputado, jornalista Carlos Lacerda, assinava no Correio da Manhã a coluna “Da Tribuna da Imprensa”. Afastado daquele jornal no qual trabalhou de 1946 a 1949, manteve o direito de uso do nome da sua coluna fundando a Tribuna da Imprensa, em 27/12/1949.

Os editoriais assinados por Lacerda (nem sempre de autoria dele), e as reportagens denunciando corrupção em diversos órgãos do Governo Vargas, culminaram com a tentativa de assassinato do jornalista em frente ao prédio em que morava, na Rua Toneleros, Copacabana, em 05/08/1954. Lacerda escapou com ferimentos, mas o oficial da Aeronáutica, Rubens Vaz, que o acompanhava, faleceu. Descobriu-se que o atentado tinha sido tramado no Palácio do Catete pela guarda pessoal do presidente, fato que serviu para acirrar ainda mais os ânimos da oposição. Acuado, Vargas, que segundo os historiadores já em 1930 tinha demonstrado tendência ao suicídio, atirou contra o próprio peito, na manhã de 24/08/1954, após retirar-se de uma reunião ministerial muito tensa. Anunciada a sua morte, governistas invadiram e empastelaram a sede da Tribuna da Imprensa, bem como incendiaram carros de entrega do jornal O Globo, órgão também de oposição.

Bem, mas não é propriamente disso que eu queria falar, mas da foto que consegui “clicar” há uns dez anos da sede daquele, matutino ainda em circulação nos dias de hoje. Lembramos que Lacerda era chamado por seus adversários de Corvo do Lavradio, e o seu jornal, o “lanterninha” dos jornais do Rio. Para desespero de seus adversários, Carlos colocou o desenho de uma lanterninha ao lado do nome do jornal, bem como aceitou de bom humor o apelido de corvo, Corvo do Lavradio, da Rua do Lavradio.
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Foto de Adelino P. Silva
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12 abril 2007

DOROTHY MALONE

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A bonita atriz Dorothy Malone nasceu em Chicago, Illinois, USA, em 30/01/1925. Em 1956 foi indicada para o Golden Globe e para o Oscar pela sua atuação em Palavras ao Vento (Written with the Wind). Não ganhou o Globo de Ouro, mas ficou com o Oscar como melhor atriz coadjuvante pelo seu trabalho naquele mesmo filme, ao lado de Rock Hudson, Lauren Bacall e Robert Stack. Fez muito sucesso na série de televisão A Caldeira do Diabo (1965) (Peyton Place), ocasião em que teve de ser substituída temporariamente pela atriz Lola Albright, por causa de um sério problema de saúde. Dorothy casou-se com Jacques Bergerac em junho de 1959 e tiveram duas filhas. Em dezembro de 1964, num divórcio tumultuado, separou-se de Jacques acusando-o de casar-se com atrizes famosas apenas para se promover. Bergerac fora casado anteriormente com Ginger Rogers.Para os que gostam de comparações, Dorothy Malone tem 1m68 de altura, e medidas 35-23-36 polegadas, claro...
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( Foto internet )

NÃO HÁ COMO NÃO TER SAUDADES

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Apesar de ser o único clube carioca a conquistar títulos de Campeão Brasileiro (1997 e 2000) nos últimos dez anos, não há como os mais exigentes vascaínos não sentirem saudades (os mais veteranos) dos jogadores que representaram o seu clube no passado.

Na foto, por exemplo, vemos Paulinho, Carlos Alberto Cavalheiro (hoje Conselheiro do CRVG) e Hideraldo Luiz Bellini, capitão da Seleção Campeã da Taça do Mundo de 1958, na Suécia. Os três compunham uma das melhores defesas do Vasco da Gama na década de 1950. O time completo era formado por Carlos Alberto, Paulinho e Bellini; Écio, Orlando e Coronel; Sabará, Livinho, Vavá, Valter e Pinga.
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07 abril 2007

ALMANAQUE DO GLOBO JUVENIL 1942

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Há muito tempo eu tentava encontrar um exemplar do almanaque de Natal do Gibi ou do Globo Juvenil. Encontrei dois do Globo Juvenil, um de 1942 e outro de 1947, relativamente bem conservados. O de 47 já estava vendido/reservado. Restou o de 42, que acabei comprando, para satisfação do proprietário do estande. Fez uma verdadeira festa. Só entendi o motivo quando ele perguntou o meu nome:
- Adelino – respondi. E ele:
- Grande Adelino! - (Lembrei-me do amigo Valter Ferraz...)
- Por que Grande? – perguntei.
- Porque você é o meu cliente número um, já que estou entrando nesse ramo de atividade agora... E é a primeira venda que realizo...
- Fico feliz pelo senhor - eu disse.

Isto aconteceu ontem, primeiro sábado do mês de abril, na Feira de Antiguidades da rua do Lavradio, local onde se encontram publicações e objetos que despertam o interesse de colecionadores de todos os estados do Brasil. E o tempo colaborava, pois o calor não era grande e soprava uma brisa bem agradável. Eu tinha ainda a esperança de achar uma revista antiga, de nome Brasil Feminino, uma raridade nunca vista, pelo que me disse um dos livreiros. Outro, a conhecia, mas explicou que era difícil obtê-la, a não ser numa troca entre colecionadores. Portanto, atenção, "quem" tem uma revista Brasil Feminino, que trate de conservá-la com muito carinho... Parece-me mais difícil encontrá-la do que o meu “recente” almanaque do Globo Juvenil, de 1942 (foto aps)... Mas sou persistente, e ainda vou achar uma por aí... É questão de tempo e de paciência...
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FELIZ PÁSCOA

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A vocês que em pouco mais de três meses prestigiaram este modesto espaço, desejo uma
FELIZ PÁSCOA:


Helô / Valter Ferraz / Anna Pontes / Fernando Cals
Denise Sollami / Ery Roberto / Eduardo P.L.
Eduardo / Meire / Deize / Keyla / Márcio / Brenda
Marcello / Claudia / Fernando Henrique / Gugala
Bassalo / Gepetto / Cris Couto / Denise / Nancy Moyses
Yvonne / Márcia (Clarinha) / Ítalo
Ricardo (Lord Broken Pottery) / Daniela Mann
ETzinha / Nice / Strix / Claudio Costa
Luttchi / João / Claudio Luiz / Andréia Nery
Anunciação / Gastón / Gerson Albuquerque / Angélica
Fernando.

Esperando não ter omitido nenhum nome, muito obrigado a todos por tudo.
Adelino P. Silva
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(Foto/d APS)
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