PRESENTE VALIOSO
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Sempre tive um carinho muito especial pelo jornal CORREIO DA MANHÃ, há tempos extinto. Fui seu assinante quando o Correio era considerado dos mais conceituadose e influentes jornais do país ao lado do DIÁRIO DE NOTÍCIAS, do JORNAL DO BRASIL e do ESTADO DE SÃO PAULO. No Correio, sem que eu soubesse, saiu uma notinha social sobre o meu casamento. Casamento que durou 39 anos, só terminado - infelizmente - para cumprir o item da promessa "até que a morte os separe".
Esta lembrança vem a propósito do que aconteceu nesta última quinta-feira. Aproveitando a presença de meu filho mais novo a Juiz de Fora, que lá estivera a serviço, a Helô carinhosamente fê-lo portador de um maravilhoso e raro presente: um exemplar do ALMANAQUE DO CORREIO DA MANHÃ 1943. Não sou pessoa de esconder sentimentos. Fiquei emocionado pelo carinho da lembrança. Lembrança tão mais valiosa quando sei que para isso ela desfalcou um conjunto composto de outros seis exemplares que possui, de 1941 a 1946.
E eu fiquei sem palavras. Fiquei, porque acho que apenas um "muito obrigado" é pouco para tanto carinho e sensibilidade. E nem sei se ela vai aprovar o fato de eu ter revelado publicamente gesto tão bonito e espontâneo. Mas não importa "Muito obrigado, querida amiga Heloisa. Espero que não se arrependa, porque não vou lhe devolver nunca esta relíquia com que me presenteou. Beijos. Adelino."
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Imagens escaneadas dos orignais (Adelino P. Silva)
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