26 julho 2007

AUTÓGRAFO DO JOÃO



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Num dia desses o Eduardo sugeriu que contássemos em nossos blogs ou mesmo nos comentários alguma forma inusitada de como tínhamos conseguido um autógrafo do autor em algum de nossos livros, ou mesmo de personalidades ilustres num simples pedaço de papel. Achei excelente a idéia. Eu tenho alguns casos, sendo este um dos meus favoritos. Vamos a ele. E espero que vocês também contem os seus... Todo mundo está convidado. Mãos à obra...
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Eu não o conhecia pessoalmente, mas sempre tive grande admiração pelo inteligente, polêmico e ilustre jornalista João Saldanha, o “João Sem Medo”, um dos responsáveis pela vitória do Brasil na Copa do Mundo de 1970, no México.

No Dia dos Pais de 1987, ganhei de minha filha o livro de autoria dele “Meus Amigos”, expressão que repetia religiosamente na abertura de seus corajosos comentários, artigos e crônicas sobre o mundo do futebol. É quase um livro de memórias. Ele conta casos pitorescos acontecidos com jogadores, colegas jornalistas e dirigentes durante as excursões da seleção brasileira e do seu time de paixão, o Botafogo.

João escreveu o livro quando assinava a principal coluna esportiva do então poderoso e tradicional Jornal do Brasil. Era um tempo em que o jornalista era obrigado a ir “de corpo e alma” à redação ou à estação de rádio comentar ou “datilografar” seus artigos, crônicas e reportagens. Com a moderna tecnologia hoje mandam notícias em textos e fotos diretamente da tribuna da imprensa ou de algum canto do gramado ou do vestiário. Apesar disso é uma profissão em que se trabalha muito, porque ainda não inventaram um robot que corra atrás da matéria-prima do jornalismo que é a notícia.

Pois é, o “nosso” João andava sumido, difícil. Como - pensei - eu conseguiria o autógrafo dele no meu livro? Até que encontrei uma solução que de início me parecia um pouco ridícula, mas não tinha outra: acomodei o livro “Meus Amigos” num envelope pardo. Destinatário: Adelino P. Silva, endereço, telefones etc. Coloquei este envelope dentro de outro maior endereçado ao “Sr. João Saldanha, a/c do JB” juntamente com um bilhete manuscrito. Neste eu explicava o motivo daquilo, e dizia como ele deveria proceder, caso quisesse atender ao pedido, ou seja: autografar o meu exemplar, recolocá-lo no envelope a mim destinado, e deixá-lo na portaria do jornal. Mais prático, impossível.

Deixei o material na sede do JB, um majestoso edifício próprio na Avenida Rio de Janeiro hoje infelizmente desativado. Na portaria um senhor me informou muito solícito que se eu esperasse mais uns dias poderia fazer a entrega diretamente, pois o jornalista, de férias, estaria de volta brevemente. Eu disse que não era o caso, pois na realidade o meu intento mesmo era o de não incomodar o João, tanto que optara por aquele artifício. Agradeci e fui embora. Estávamos em meados do mês de dezembro.

Muitos dias se passaram. Nada acontecia. Imaginei que o Saldanha, com aquele seu jeitão irreverente, objetivo, sem meias palavras, pavio-curto, mas de imenso carisma e coração, talvez tivesse dito no seu linguajar peculiar:
- “Ora bolas, esse Adelino vai ficar é na saudade. Tá pensando o quê?” Mais dias se passaram. Esqueci o assunto. Fiquei sem o livro e sem o autógrafo do João – lamentei.

Certo dia, para minha surpresa, recebi um telefonema do JB comunicando que lá se encontrava à minha disposição um envelope pardo com o meu nome. Nem perguntei o que era. Fui ao jornal, e vi nas mãos do chefe da portaria um envelope que me era muito familiar. Curioso, ainda no estacionamento do JB abri o envelope. Lá estava o meu livro. Folheei as páginas iniciais.

E não pude deixar de sorrir de satisfação ao me deparar com uma dedicatória que só mesmo o João podia ter “bolado”: ele riscou os dois “s” colocando no singular o título “Meus Amigos”, e acrescentou acima dele a locução “A”. Ficou assim a dedicatória do saudoso e estimado jornalista alvinegro: “A Meu Amigo Adelino, com um muito obrigado e abraço do João Saldanha. XII - 87”.

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Notas: 1) João Saldanha (Alegrete, RS 1917 - Roma,ITA 12/07/1990)
2) Imagem superior: Museu do Esporte; inferior: escaneada por Adelino P. Silva

3) Este depoimento, agora um pouco mais resumido, foi gentilmente postado no Banana&Etc, em 03/10/2004, da nossa amiga Helô Lima, botafoguense de coração.

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38 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Caro amigo Avelino,
Post interessante, como sempre...
Infelizmente, nunca tive o prazer de ter um livro autografado pelo seu escritor...rs
Uma amiga tem, vários...rs

Assistido muitos jogos aí?
Ainda não respondi seu e-mail, ma so farei até o fim de semana tá?
Perdoe-me amigo, mas essa amiga aqui é mesmo enrolada...rs
Obrigada pelas adoráveis visitas e aliás: Tem post novo!
Beijo carinhoso e um bom fim de semana,
Cris

quinta-feira, julho 26, 2007 12:37:00 PM  
Blogger sonia a. mascaro said...

Que legal, Adelino! Gostei da história! Muitas vezes a gente tem vontade de fazer uma coisa, escrever uma carta, dar um telefonema elogiando um autor e fica só no desejo. Gostei! Você foi lá e mandou o seu recado. Muito simpática e criativa a resposta dele.

Obrigada pelos elogios ao meu "cenário"!

quinta-feira, julho 26, 2007 1:06:00 PM  
Blogger marilia said...

Olá Adelino...
Fiquei babando de inveja, literalmente da sua estratégia!! mais genial que o proprio autógrafo.....
Eu,vc sabe, adoro futebol, e tenho alguns cronistas e comentarista dos quais sempre me recordo. O joão saldanha, o meu querido Kafunga, autor de frases únicas, e jornalista Roberto drumond, e atualmente , eu amo o juca kfuri, dentre alguns....
Grande lembrança.
eu não tenho nada de ninguem famoso...
apenas vivi tres momentos na minha vidinha que foram emocionantes, do ponto de vista "celebridade": - 1: concerto do simon e garfungel no central park ( vi eles depertinho...)
2- vigilia na noite de 8 de dezembro de 1980, em NY, eu estava lá quando o jonh lennon morreu...( choro até hoje)
3- um congresso que fui em Cuba, e vi o Fidel, assim, quase a uns vinte metros de distancia...
ah..o lula...já vi e subi no palanque com ele muitas vezes, mas hoje não é dia de lembrar disso...
ps: escrevi um post...rssss
bjos

quinta-feira, julho 26, 2007 2:50:00 PM  
Blogger valter ferraz said...

Adelino, vc e suas histórias!
E docum,entadas prá não deixar dúvidas, mata a foto e mostra o pau, ops!(esse foi maus, merrmo!)
Eu tinha um livro do Plinio Marcos autografado, mas perdí, ou melhor quando fiz aquela doação a uma escola foi tudo junto.
Agora tenho outros, o do Lord Broken Pottery, o da Adelaide, o da Márcia Clarinha. Está faltando o teu, claro.
Grande abraço//

Marília, vidinha, é? Já foi até Cuba, viu o Fidel, subiu no palanque do Lula e o que mais, hein?

beijo, menina

quinta-feira, julho 26, 2007 3:09:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Adelino, o João Saldanha é uma das figuras mais admiráveis já produzidas aqui pela nação tupi.Falta-lhe ser escrita uma grande biografia. Há uma mais ou menos, feita, se não me engano, pelo jornalista carioca Renato Sérgio. Um abraço,

quinta-feira, julho 26, 2007 3:50:00 PM  
Blogger Vivien Morgato : said...

Adelino, eu morria de vergonha de pedir autógrafos. Hoje acho que fazem parte da história da própria leitura e não perco a oportunidade.
Bacana seu post.

quinta-feira, julho 26, 2007 5:02:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Preciosidade este autógrafo de um dos últimos jornalistas corajosos deste país. Aliás, quem seriam os outros ?

quinta-feira, julho 26, 2007 6:25:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Obrigado pela visita, Cristiane, e pelo elogio. Não se preocupe com e-mails. Responda quando puder. Eu tenho a mania de escrever muito (em extensão, claro)...
Beijos

quinta-feira, julho 26, 2007 8:22:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Sonia, criei várias situações semelhantes a esta do Saldanha, e com resultados curiosos. O autógrafo/dedicatória acaba ficando mais valioso do que aqueles feitos normalmente nas filas de autógrafos, que já vêm com o nome do "comprador" escrito num papel dentro do livro.

Não canso de elogiar os "takes" que produz. São inspiradíssimos. Geralmente repasso-os para minha filha que também adora.
Beijos

quinta-feira, julho 26, 2007 8:29:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Marilia, você não tem autógrafos porque não quer ou não quis. Vai dizer que nem do JK você tem? Permita-me, Marilia dirigir-me ao Valter.

Pois é Valter, essa moçada que foi "ripe" diz que é de esquerda e que a gente é elite. Veja só o paralelo com a menina:

1 - Foi de Simon e Garfungel enquanto fui de Ivon Curi e Hebe Camargo;
2 - Participou da vigília de 08/12/1980; participei da vigília no Colégio, quando havia revezamento na Adoração, acordando às 03h da manhã pra fazer a vigília;
4 - Foi a Cuba e viu o Fidel; fui a BH e nem vi o JK;
5 - Esteve no palanque de Lula; estive no palanque, quer dizer, não estive em palanque nenhum;
6 - Foi a Paris; fui à Praça Paris, ali na Cinelândia, no tempo em que era frequentável...
7 - Foi a Roma; fui à romaria...

Ela é de esquerda porque deve ser canhota desde menininha...

Beijos, Marilia, é tudo brincadeira.

quinta-feira, julho 26, 2007 8:56:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Então, Valter, que vidinha teve a Marilia, ein?
Com certeza, Valter, o autógrafo do Plínio Marcos que se foi quando da doação, deve ter sido descoberto e está em boas mãos.
Eu mesmo tenho encontrado livros com dedicatória muito bonita para terceiros. Mas quando compro o livro, é como se fossem dedicadas a mim.
Grande abraço

quinta-feira, julho 26, 2007 9:02:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Jayme, sei disso. Ele merecia biografias mais completas. Ele chegou a devolver ao JK o Cartório que herdara da familia.
Era uma pessoa muito coerente, um idealista inconformado.
Grande abraço, e obrigado, Peri.

quinta-feira, julho 26, 2007 9:05:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Valter, não disse que essa "minina" MARILIA deixa a gente perturbado? Eu me dirigi ao Jayme e acabei agradecendo e mandando abraço para o Peri, vê se pode?
Desculpe-me, Jayme. O agradecimento e abraço do Peri são seus.
Adelino

quinta-feira, julho 26, 2007 9:09:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

É normal, Vivien, a gente nunca sabe qual será a reação da pessoa à qual pedimos um autógrafo. Eu também sempre tive esse tipo de inibição, talvez por isso lançasse mão de recursos semelhantes ao do Saldanha.
Obrigado pelo elogio, mas quem o merece é o Saldanha mesmo.
Abraços

quinta-feira, julho 26, 2007 9:13:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

É normal, Vivien, a gente nunca sabe qual será a reação da pessoa à qual pedimos um autógrafo. Eu também sempre tive esse tipo de inibição, talvez por isso lançasse mão de recursos semelhantes ao do Saldanha.
Obrigado pelo elogio, mas quem o merece é o Saldanha mesmo.
Abraços

quinta-feira, julho 26, 2007 9:13:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Peri, grande verdade. São "avis rara" os nossos grandes e corajosos jornalistas. Se não, os últimos dos mohicanos...
Grande abraço e obrigado.

quinta-feira, julho 26, 2007 9:16:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Adelino, muito boa sua história. Eu também não tenho autógrafos a comemorar! Não que me lembre. Mas vou pesquisar.

Forte abraço.

sexta-feira, julho 27, 2007 8:52:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

Eduardo,você deve ter muitos autógrafos sim. O espírito do post foi o de contar autógrafos obtidos de forma curiosa, inusitada. Ou só eu é que tive essas maliquices? E ainda tenho mais...
Tudo bem, fique à vontade.
Grande abraço

sexta-feira, julho 27, 2007 9:44:00 AM  
Blogger Yvonne said...

Adelino, João Saldanha foi um jornalista maravilhoso. Suas tiradas eram muito interessantes. Ele não merecia o que fizeram com ele por ocasião da Copa de 70. Gostei muito da sua tática. Pegou o autógrafo e não o incomodou.
Beijocas

sexta-feira, julho 27, 2007 10:55:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

Yvonne, o João foi dos poucos jornalistas brasileiros, se não o único, a assistir a todas as Copas do Mundo. Suas participações nas mesas redondas eram inesquecíveis. Dizem que muitas frases atribuídas a Nenén Prancha eram dele... Em 1970 ele transformou as "formiguinhas" em "feras", saiu, mas ganhamos brilhantemente aquela Copa do Mundo. Poucos sabem, mas um homem muito culto.
Obrigado, Yvonne.
Beijos

sexta-feira, julho 27, 2007 5:12:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Grande Saldanha! Que lembrança fantástica a sua. Um jornalista com "J" maiúsculo, um profissional admirável. E por ser brasileiro, injustiçado. Com essa história do autógrafo você tem uma "prova raríssima" de como era tão singular criatura. // Excelente idéia, vou resgatar alguns dos meus. Abraço, Adelino.

sexta-feira, julho 27, 2007 7:47:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Ei, voltei....rs
Somente para avisar que tem post novinho...acho que vc vai gostar....bom fim de semana gelado! Beijos, Cris

sexta-feira, julho 27, 2007 10:40:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Ery, obrigado pelo elogio. Eu tenho alguns outros relatos sobre autógrafos realmente curiosos. Até do Jorginho Guinle, lembra-se dele? Um dia eu conto...

Este do João Saldanha eu contei uma vez para a Helô e ela, como boa botafoguense publicou no Banana, em outubro de 2004. E encerrou o post assim: "(...) E o Adelino é vascaíno..."
Isto prova que o João estava acima de cores clubísticas. Era quase uma unanimidade nacional.
Grande abraço, Ery.

sexta-feira, julho 27, 2007 11:32:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Olá, Cristiane. Claro que vou ver o Fragmentos de Mim. É sempre um prazer estar por lá.
Bom final de semana também.
Menos gelado...
Beijos

sexta-feira, julho 27, 2007 11:35:00 PM  
Blogger valter ferraz said...

Adelino,
quanto a esses "lapsos" que a Marília provoca, Freud explica.
Grande abraço

sábado, julho 28, 2007 10:06:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

Valter, nem Freud explica a Marilia. Aluadinha juramentada, assumida, bipolar, tripolar, tetrapolar, desfilou na piscina do Minas Tênis, brilhou nas matinês dançantes (com saia tergal e blusa ban-lon brancos), beijou a barba do “homi” nos palanques, chorou nos ombros do Fidel a morte do Lennon, fez teste para a peça Hair (foi reprovada, é verdade), tem autógrafo do Che, ia aos comícios do Cohen-Bendit (Paris, 1968), dançou a hula no Havaí... Isso é o que sabemos. Ah, e ainda tem os protestos em frente à Casa Branca... Mas tem longos períodos de lucidez total.
O resto vai sair no livro de memórias que ela está preparando em segredo. Em três volumes.
Lançamento simultâneo em Nova York, Paris, Londres e Roma.
Grande abraço, Valter, e bom final de semana com sol. E parabéns pelo Palmeiras naquela virada contra o CR Vasco da Gama.
Adelino

Ps – Eu não queria contar mais essa, mas a Marilia chegou a reiniciar o cachorrinho da casa dela e dar ração para o computador... Marilia, não ligue para essas brincadeiras. São carinhosas.
Aps

sábado, julho 28, 2007 11:24:00 AM  
Blogger marilia said...

"tem autógrafo do Che, ia aos comícios do Cohen-Bendit (Paris, 1968), dançou a hula no Havaí... Isso é o que sabemos. Ah, e ainda tem os protestos em frente à Casa Branca... Mas tem longos períodos de lucidez total."
ADELINO, ESTOU LITERALMENTE CHORANDO DE TANTO RIR....
VC ME CONHECE NO ÂMAGO...RSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS
O PIOR É QUE HOJE, DESDE CEDO ESTAVA PROCURANDO MEUS ÓCULOS E P...DA VIDA,POR QUE TENHO 3 UM EM CADA LUGAR, POIS PERCO TODOS...E DE REPENTE, A MALI OS ACHA, OS TR~ES, DENTRO DE UMA GAVETA ...DA GELADEIRA...
PS: ELA SEMPRE SABE ONDE PROCURÁ-LOS...RSSS
ADOREI O CARINHO ... E ACREDITE, VOU ENTUPIR O SEU EMAIL DE FOTOS DE TODOS ESSE EVENTOS... QUE EU ESTIVE...QUEM TE DISSE QUE FOI A PLEBE RUDE QUE FEZ REVOLUÇÃO FRANCESA??/RSSS FORAM ELE...A ELITE INTELECTUAL ... ( viu que tenho explicação para tudo??/)
quanto a ser reprovada para a peça hair, é mentira.... só não fui pq não gostava de ficar "nua" em público, e queria dançar só se fosse de biquine...rsss
ahahaha vc me mata de tanto rir!
bjos seu CRETININHO.........
PS: CRETININHO, MAIS COM TODO CARINHO......

sábado, julho 28, 2007 12:47:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Marilia, isto aqui ficou parecendo um bate-papo, mas estamos no tema não estamos?
Eu não duvido de nada do que contou. Tudo aconteceu sim. Não devemos contrariá-la, não é Valter?
Quanto aos óculos, nada demais: já guardei o açucareiro na geladeira e escovei os dentes com creme de barbear Bozzano...

E já dirigi na Ponte Rio-Niterói com uma par de óculos sem lentes... E outra: depois de quatro anos foi que notei que na minha CNH constava que eu tinha nascido em 1902... Tenho 105 primaveras... Fenômeno: bati o record do Niemeyer...

Marilia, pra encerrar, mais uma. Aconteceu ontem:
O telefone tocou:
- Bom dia.
- Bom dia.
- O Sr. Adelino está?
- Está sim.
- Posso falar com ele?
- Ele está muito ocupado.
- Com quem estou falando, por favor?
- Com o próprio.
- Desculpe-me incomodá-lo. - e desligou...
Juro que aconteceu. Era telemarketing. Acho que ela pensou que "o próprio" fosse o nome de quem atendeu...
Chega de piadas.
Beijos
PS - Bem que o Valter me preveniu que você bagunça os blogs...
Tô brincando.
Bjs

sábado, julho 28, 2007 2:13:00 PM  
Blogger valter ferraz said...

Adelino,
isso num tá prestano, você está usano tática de torturador, está fazeno a Marília confessar as coisas.

abração

sábado, julho 28, 2007 3:44:00 PM  
Blogger O Meu Jeito de Ser said...

E ninguém me avisou que estava rolando essa conversa de comadre aqui.
Me deixaram de fora é?
Por isso que o Valter me mandou trabalhar, disse que a freguesa viria buscar a blusa e a mesma não estaria pronta.
Entendi, era prá eu ficar de fora e não poder defender a pobre da Marília.
Ah! homens, isso não se faz, tortura não. Estamos longe desse período.
Um beijo a todos.

sábado, julho 28, 2007 5:57:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Nada, Valter, a Marilia sabe que é brincadeira nossa. E o que ela revelou - espontaneamente - não tem nada demais. Vai sair no livro de memórias dela... Best-seller...
Grande abraço.
Adelino

sábado, julho 28, 2007 10:58:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Anna, chegou atrasada. A doce Marilia já confessou o que tinha de confessar. O mais são especulações sem importância.
O frio está tinindo e a encomenda está esperando...
Um abraço, Anninha, e bom final de semana para todos nós.

sábado, julho 28, 2007 11:03:00 PM  
Blogger valter ferraz said...

Adelino,
é isso aí. Ajude-me a segurar a Aninha no tronco. Ela quer largar o trampo e vir escutar nossa conversa. Deixa não.
Boa semana por aí.
Agora que o Pan acabou é só PANcada!
Abraço forte

domingo, julho 29, 2007 4:51:00 PM  
Blogger Lord Broken Pottery said...

Adelino,
Maravilha de postagem. Tenho uma enorme admiração pelo Saldanha. Minha avó o conhecia pessoalmente, eram amigos do Partidão, falava bem demais dele. Sujeito corajoso, polêmico, sem papas na língua. Me emocionei com a inteligência da dedicatória.
Grande abraço

domingo, julho 29, 2007 5:56:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Ok, Valter, felizmente, como prevíramos, tudo foi bem. Pena que no mesmo período do PAN tenha acontecido aquela tragédia aí em SP, o que pode vir a prejudicar uma possível Olimpíada no Brasil.
Grande abraço

domingo, julho 29, 2007 8:40:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Lord Broken, você uma vez já tinha dito sobre o conhecimento da sua família com o Saldanha. Obrigado pelo elogio ao post.
Grande abraço

domingo, julho 29, 2007 8:43:00 PM  
Anonymous Maria das Graças said...

Homens como João Saldanha, foram poucos.
Meu irmão que mora em Belo Horizonte foi amigo da família por muitos anos, e sempre o elogiava pelo brasileiro que era.
Fica aqui minha homenagem a um homem valoroso e que deixou saudade.
Maria das Graças.

sexta-feira, maio 01, 2009 10:53:00 PM  
Blogger Adelino P. Silva said...

Maria das Graças, sou vascaíno, mas fui grande admirador do João. Do João como jornalista, escritor, técnico da seleção, comentarista. Ele era daquelas personalidades que estão acima de ideologias, de clubismo, de religiões, dos "politicamente corretos" etc. Enfim, grande o Saldanha. Grato pelo comentário.

quarta-feira, novembro 06, 2019 6:16:00 PM  

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