26 janeiro 2007

DESAFINADO...

(Imagem Internet)
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Certa vez, um pianista não conseguia dormir por causa de um galo que cantava durante o dia bem nos fundos de seu apartamento, um terreno baldio. Munido de coragem e diplomacia foi pessoalmente pedir ao dono do galináceo que o tirasse dali ou o colocasse em outro lugar.
- Tudo bem, vou tirar, mas o galo canta baixo, e o senhor com a janela fechada nem ouve nada. Não estou entendendo.
- É verdade, concordou ele. Mas o problema não é propriamente o volume do canto do galo...
- Mas se não é, qual o motivo, então? Posso saber?
- Pode: este galo não sabe cantar, canta desafinado... E eu passo o tempo todo e às vezes até a noite inteira tentando mentalmente transpor para uma pauta imaginária as notas musicais que ele emite tão mal... E não consigo... Acordo fatigado...

Claro que diante de argumento tão contundente e justo, o dono da ave, para tranqüilidade do pianista, levou o seu galo para cantar noutra freguesia.

Parece piada, mas não é. Este fato pitoresco é absolutamente real e aconteceu no final da década de 1950. O tal pianista (compositor e arranjador de música popular) era marido de nossa prima, e na ocasião moravam no bairro de Ipanema, Rio. Estaria aquele galo já influenciado pela Bossa Nova que despontava? Quem sabe?



11 Comments:

Blogger valter ferraz said...

Adelino, seria o Tom Jobim o maestro?
Abração

sábado, janeiro 27, 2007 8:15:00 AM  
Blogger O Meu Jeito de Ser said...

Pobre do galo, confusãode sentimentos!
O que não ficamos sabendo,é se o galo transformou-se num grande artista, e o músico aposentou as chuteiras,ou os instrumentos musicais.
Um abraço

sábado, janeiro 27, 2007 8:25:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

Valter e Anna, fui privilediado com o Beta, um "avanço" do B blogger. Não sei este comment vai aparecer. Estou "desfinando"...
Depois escrevo mais.
Abraços

sábado, janeiro 27, 2007 9:34:00 AM  
Blogger valter ferraz said...

Adelino, também passei para a versão nova e estou comentando novamente. Está com problemas?
Abraço

sábado, janeiro 27, 2007 10:27:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

Com muitos problemas. Nem comentar consigo. Vamos tentando.
Abs
Adelino

sábado, janeiro 27, 2007 5:28:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Não, VALTER, não era o Tom Jobim, mas bem que poderia ser, porque eram contemporâneos, e até se conheciam. Ele gravou uns dois LP´s (gostou dos LP´s?), sendo que num deles tinha um close-up da atriz Iris Bruzzi na capa.
Um abraço e bom domingo.

domingo, janeiro 28, 2007 8:54:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

ANNA, o destino do galo deve ter sido uma mesa enfeitada, ele lá em cima, cheio de farofa e passas...
O pianista fez um relativo sucesso. E poderia até ter ficado famoso, mas era um idealista. Talvez em conte isto em outra oportunidade.
Um abraço, Anna,e bom domingo.

domingo, janeiro 28, 2007 9:01:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

Adelino, galo e piano não combinam. Um tem rabo e outro cauda.São de espécies diversas.Fez bem o dono do galo.Ele, o galo, deveria ser caipira!

domingo, janeiro 28, 2007 9:34:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

Boa essa, EDUARDO. Um tem rabo e o outro, cauda. Acho até que o pobre do galo cantava normalmente, mas o problema era saber a tonalidade, que parecia indefinida.
Um abraço

domingo, janeiro 28, 2007 12:22:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Adelino, o piano tem cauda, o galo tem rabo e a galinha sempre dá um bom caldo. Tá bom, essa foi horrível. Já está com 9! Só falta mais um pouquinho pra ganhar 10.
Beijos.

segunda-feira, janeiro 29, 2007 10:19:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Helô, como eu disse não sei onde e nem quando, o propósito deste bloguinho é não deixar comentário sem resposta, ainda que tardia. Minhas desculpas pelo atraso, mas vamos lá:
1 - Se o 9 foi pelo trocadilho, não concordo: 10 pra ele...
2 - Se o 9 foi para o blog, também não. Teria sido bondade sua: nota 6 tá de bom tamanho...
Beijos
Adelino

domingo, fevereiro 11, 2007 8:32:00 AM  

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