HISTÓRIAS EM QUADRINHOS - I
Sempre gostei de histórias em quadrinhos. Acho que tomei gosto por elas quando minha irmã mais velha ganhou de seu namorado um livreto encadernado, capa colorida, medindo uns 30 x 60cm, que hoje chamam álbum, na época, almanaque. As ilustrações internas, em preto e branco, eram grandes, verdadeiras obras de arte, em média cinco por página (tinha quadrinho ocupando quase uma página inteira). O álbum - explicavam os editores, reproduzia, também em preto e branco -, as tiras diárias de FLASH GORDON NO PLANETA MONGO (de Alex Raymond, seu criador e desenhista), editadas de 1934 a 1939 no antigo Suplemento Juvenil do jornal A NAÇÃO.
Tempos depois, já adulto, tive a ingênua pretensão de tentar achar aquele almanaque nos grandes sebos do Centro da cidade. Só mais tarde soube que era peça raríssima e somente grandes colecionadores a possuíam. Fiquei frustrado. Em 1974, porém, por conta da chamada onda de Nostalgia, a EBAL (Editora Brasil-América Ltda) anunciou festivamente nos grandes jornais do país o lançamento da reedição do famoso almanaque do Flash Gordon, aquele mesmo que eu conhecera quando criança.
Uma curiosidade: a última contracapa dessa reedição era igual à da antiga. A primeira capa, entretanto, embora reproduzisse Flash Gordon e sua namorada Dale Arden numa pose semelhante àquela da edição anterior, era diferente. Eu percebi isso, mas pouco importava, o que me interessava era rever/reaver aquele almanaque maravilhoso. Mas a história não acabou por aí: Adolfo Aizen, proprietário da EBAL, um idealista sempre leal e honesto para com seus leitores, remeteu aos que já tinham adquirido a primeira reedição, uma sobrecapa exatamente igual à antiga... E com a explicação de que atendia aos "protestos” de um grande número de nostálgicos que lhe exigiam o clássico desenho do grande cartunista brasileiro, Jerônimo Monteiro Filho, autor da primeira capa...
4 Comments:
Mais uma preciosidade, Adelino. E repare como as "mocinhas" de coxas grossas eram muito mais belas que as anoréxicas de hoje.
Beijos.
Helô, é verdade, mas aposto que você atentou também para a figura esbelta do "mocinho" Flash Gordon... Eu fico mesmo é com a elegância suave, indefesa e ingênua da Dale Arden...
Obrigado pelo prestígio de seus comentários.
Beijos
Adelino
Oi, Adelino,
E os desenhos do Principe Valente!
Quanta qualidade, quantos detalhes, um verdadeiro primor!
Tinha, mas perdi, ou deixei pra lá, um monte deles.
Globo Juvenil Mensal, aqueles de fim de ano, preciosidades, que eu na época, desdenhava.
Abração
fernando cals
Calma, Fernando, você não perde por esperar. O Hal Foster era um gênio. Com a palavra vocês arquitetos... Fernando, eu nunca desdenhei os gibis. Na época eram condenados pelos padres e pelos pais. Diziam até que eram propaganda dos americanos. Pode até ser, alguns deles. Uma hora falaremos disso num post (viu só a pose?)
Um abração do
Adelino
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