COMBATE SIMULADO
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- "Está certo, vocês estavam com sede.”
- "É verdade, senhor tenente.” – a turma em coro repetiu aliviada.
- "Mas atentem para o seguinte detalhe: estávamos em combate. Simulado, mas era um combate. E se o inimigo tivesse colocado veneno nas nascentes daquele rio? Qual o resultado? A companhia toda teria sido dizimada. Pensem bem nisso..."
Sob este aspecto ele tinha total razão. Em poucas palavras o tenente acabava de nos dar uma grande lição, tanto que dela jamais nos esquecemos.
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O calor era intenso, os cantis vazios, por isso quando atravessamos o rio de águas límpidas aproveitamos para saciar a sede que era imensa. Encerrados os exercícios que consistiram em passar por cercas de arame farpado, atirar, cavar trincheiras, carregar caixas de munição etc. retornamos em meio a muita poeira e latidos de cães das casas que ficavam à beira da estrada. Já em frente à sede do Tiro de Guerra os pelotões se formaram em posição de descanso.
Esperávamos ouvir do tenente apenas elogios ao nosso desempenho, que no nosso entendimento, tinha sido ótimo. Qual não foi a nossa surpresa, porém, quando ele se disse profundamente decepcionado pelo fato de termos bebido água do rio. Ele estivera nos observando de uma colina próxima, utilizando-se de possante binóculo de guerra. Alguém mais corajoso pediu licença e argumentou que era natural, pois estávamos quase mortos de sede. Ele que caminhava de um lado para outro parou de andar, respirou fundo, ajeitou o boné, e disse:
- "Está certo, vocês estavam com sede.”
- "É verdade, senhor tenente.” – a turma em coro repetiu aliviada.
- "Mas atentem para o seguinte detalhe: estávamos em combate. Simulado, mas era um combate. E se o inimigo tivesse colocado veneno nas nascentes daquele rio? Qual o resultado? A companhia toda teria sido dizimada. Pensem bem nisso..."
Sob este aspecto ele tinha total razão. Em poucas palavras o tenente acabava de nos dar uma grande lição, tanto que dela jamais nos esquecemos.
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Nota: este fato é real (imagem internet)
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28 Comments:
Adelino, você serviu o Exército?
Eu não. Estava no seminário. Escapei. Retirada estratégica. Assim como não serví para o sacerdócio teria dado um péssimo recruta. Feijão perdido.
Abraço forte
Adelino, eu também sou do tempo do TIRO DE GUERRA. Hoje ninguém mais sabe o que é isso!Abçs.
As vezes as coisas simples nos dão grandes lições.
As vezes quando achamos que estamos sendo brilhantes, estamos decepcionando profundamente.
É a vida!
Um abraço
passando para parabenizar pelo destaque da semana no Lua em Poemas. bjim da femme. me faça uma visitinha tb. hehehe
Valter, eu fiz o Tiro de Guerra (TG-59), no Triângulo Mineiro, região que fica ao norte do Estado de São Paulo. Aliás, nasci lá. Tenho imenso orgulho disso. Depois conto. Sou um pouco paulista, mineiro e goiano (de nascimento sim), e carioca de paixão mesmo... Vai render posts...
Até que fui um bom recruta, mas daria um péssimo, mas péssimo
mesmo padre, embora tenha estudado sete anos em colégio Marista.
Grande abraço
PS - Valter, o calor aqui no Rio continua rachando mamonas... E as águas de março que fecharão o Verão? Nada por enquanto...
EDUARDO P.L., bons tempos os do TG. Alguns nos chamavam de "caçadores de rolinhas". Uma maldade, pois a coisa não era fácil. Lembra-se do fuzil Mauser modelo brasileiro 1906? 1906 mesmo? Hoje deve ser peça de museu. A única coisa que sei era que esse fuzil era fabricado na Alemanha (está no nome, aliás), com coronha de metal. Aqui no Brasil tiravam o metal e colocavam madeira, por isso o "modelo brasileiro"...
Abraços
É mesmo, ANNA, três ensinamentos aparentemente simples nunca esqueci:
1 - Jamais saia à rua sem um documento de identidade. Você poderá ser chamado a provar que você é você (do meu cunhado, quando eu era criança);
2 - Guarde sua Carteira do Trabalho com se ela fosse uma jóia preciosa (de um senhor fiscal do INSS, amigo nosso);
3 - Aprenda a distinguir o que é bom do que é mau; veja como as pessoas agem e o que lhes acontece.
Abraços, Anna.
Então, "FEMME", foi um grande incentivo e honra para mim partindo da Nancy.
Vou visitá-la, sim.
Volte sempre.
Abraços
Eii amigo adorei ter vc como destaque esta semana que passou no Lua em poemas, viu como cuidei direitinho de vc?bjs
Adelino, ainda bem que sou mulher, rsrsrs. Beijocas
Adelino,
Não servi o exército. No meu tempo, a turma da minha escola tinha um esquema com um sargento. Pagava-se uma propinazinha e ficava-se livre. A foto lembrou-me de uma série que eu assistia na televisão com o Vic Morrow: Combate. Lembra?
Abração
Conforme eu disse, Nancy, foi uma grande honra e um incentivo para mim. Visitar o "Lua em Poemas" é o mesmo que entrar num imenso e luxuoso castelo, e ali ficar deslumbrado com tanta coisa bonita de se ver e ler.
Um abraço
Adelino
PS - A mesma impressão, aliás, sente-se com relação ao "Femme".
É, não é, YVONNE, mas você tem o jeintinho de ter sido Bandeirantes quando menina, não foi não? Aliás, nem sei se acabou. Ali no Castelo - Avenida Antônio Carlos - tinha a ABB: Associação das Bandeirantes do Brasil.
Beijos
YVONNE, corrija: *jeitinho.
viu a falta que faz o VISUALIZAR?
Adelino
Lord Broken Pottery, hoje nem precisa disso. Dá até pena ver jovens humildes que querem servir até para seguir ou iniciar uma carreira, e são dispensados. Excesso de contingente, falta de verbas, acho que é isso.
Um abraço
Então, Lord Broken Pottery, e tem mais, na minha carteira de reservista veio assim:
CATEGORA: soldado
ESPECIALIDADE: fileiras.
Quer dizer, quase o mesmo que "bucha de canhão"...
"As vezes quando achamos que estamos sendo brilhantes, estamos decepcionando profundamente." (ANNA PONTES)
Anna, desculpe-me, esqueci de comentar a sua frase tão verdadeira. Neste mundo tudo é implacavelmente relativo. Sempre vai ter gente achando, assim como nós, que estamos sendo brilhantes, e outros, que não. É como disse com muita propriedade o nosso grande pensador, roqueiro nas horas vagas, Supla: "Se gostou gostou; se não gostou é porque não gostou..."
Grande abraço, Anna.
Adeçino, a foto dopost lembra a série Combate como disse o Lord Broken e ambém uma coleção de soldadinhos todos em posição de combate. Vixi! viagei agora.
Abração
Adelino, meu teclado está igual aquele do Fernando, precisa ir pro mesmo lugar: Adelino, a foto do post... também,...
Acho que não tem mais nenhum erro
Deve ter entrado areia no teclado, Valter...
A imagem parece mesmo aquelas de soldadunhos de chumbo. Foi um recurso que usei...
Abraços
Adelino, estes comentários ficaram parecendo MINISTÉRIO da GURRA!Abçs
Eduardo P.L., entendi o que quis dizer. Boa a sua observação. Como eu vinha postando assuntos "softs" como rosas, árvores e até tricô e crochê etc, resolvi postar algo diferente.
Não sei a sua idade, Eduardo, mas eram tempos em que sentíamos vontade de servir a uma das três Armas, que tínhamos orgulho de saber cantar os nossos hinos - como, aliás, todos os povos de nações civilizadas fazem até hoje -, em que fazer silêncio e fila para entrar pontualmente numa sala de aula não era considerado ato de prepotência da direção do Colégio. Tempos em que assístiamos felizes a cinco aulas por dia de segunda a sábado, exceto às quintas quando só tínhamos três. Em que o professor era chamado de "professor" ou de "mestre" e não de "cara". Tempos, Eduardo, em que ser bom aluno não era motivo de vergonha, em que anunciar publicamente a classificação dos "pupilos" no aproveitamento mensal não era visto como motivo de trauma para os mais descansados, mas de incentivo para eles e para nós.
Tempos em que o aluno ia para a biblioteca "pesquisar mesmo" determinado assunto, e não acessar a internet para "colar" paginas muitas das vezes com erros de informação, ao mesmo tempo em que "conversa" via MSN com as "minas"... Tempo em que o melhor aluno da sala era olhado com respeito e não conhecido pejorativamente como NERD ou CDF.
Evoluímos? Sim, tecnicamente falando. Outras espécies de evoluções, nem vou comentar, isto é assunto para o nosso caro mestre VALTER FERRAZ.
Por outro lado, Eduardo, o dia em que eu postar uma flor por aqui os comentários parecerão do Ministério do Meio Ambiente...
De cinema, do Ministério da Cultura. De uma fazenda, do Minstério da Reforma Agrária.
Felizmente os comentários são todos pertinentes.
Um grande abraço e compareça sempre, Eduardo. E obrigado pela oportunidade que me deu de escrever sobre isso.
Adelino
Bom texto...rs
Eu como boa escorpiana desconfiada até a alma jamais beberia dessa água. Foi a 1° coisa que pensei quando li o texto...kkk
Beijos, miguxo
Adelino, passando para o abraço e o desejo de boa semana. Sinto tua falta. Meu blog não fica o mesmo sem seus comentários.
Abraço forte
Espertinha, não é, KENYS? Aposto que você foi Bandeirante (o equivalente feminino de Escoteiro), não foi não? Por falar em Bandeirante, Kenys, eu tenho um amigo que quando criança foi escoteiro juntamente com um político muito conhecido "no cenário nacional", cujo nome, claro vou omitir. Pois é, o político - naquela época - pediu a ele o canivete de escoteiro dele emprestado. Até hoje, não o recebeu de volta...
Beijos
PS - Não estou conseguindo comentar no seu blog. A propósito, você, que odiava futebol fazer um post sobre o Grêmio? Aí tem...
Valter, está de perder a paciência. O comentário que coloquei aí em cima para a Kenys, levou uns 5 minutos para entrar. E são os tais 4 Mb. Acho que disse para a Anna que estava difícil entrar em comentários de blogs e até do meu próprio. São os avanços, meu caro, é pra frente que se anda. Só não sabem o rumo.
Grande abraço.
PS - E se eu for vizualizar então... esquece.
Tem sim...rs
Eu tive de ver o tal documentário e fazer uma resenha para a matéria de Jornalismo esportivo e eu tenho de jogar os textos no blog pra contarem como atividades extra-curriculares.
nada é por acaso e vc me conhece demais...rs
Beijos
PS: o blog já está ok.
Kenys, é uma grande honra e prazer ter você novamente comentando com entusiasmo por estas "plagas". "Alvíssaras!!!"...
Achei interessante a idéia - é apenas da UNISA ou é geral? - de considerarem a "blogagem" como atividade extra-curricular.
E gostei muito do post sobre o sofrimento, aflição do Grêmio.
E claro que te conheço, ora pois.
Beijos
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