28 fevereiro 2007

PEDRINHO MATTAR - Pequena homenagem

----------------------------------------------------------------------------------
Iniciou como profissional em 1953 acompanhando cantores em festivais realizados na União Cultural Brasil-Estados Unidos, de São Paulo, onde estudava. Participou de shows pelo Brasil e exterior com artistas como Leny Eversong, Agostinho dos Santos, Claudette Soares, Marisa Gata Mansa, Chico Buarque de Holanda, Maysa, Miele & Sandra Bréa, Cauby Peixoto, Raul Solnado e muitos outros.

Fez parte, em 1972, do programa "Concertos para a Juventude". Em 1979, reuniu grande público ao tocar nas escadarias do Teatro Municipal de São Paulo. Interpretou a "Rhapsody in blue", de George Gershwin, em 1965, acompanhado por orquestra sinfônica sob regência de Diogo Pacheco. Dividia seu tempo entre apresentações em casas noturnas, shows no exterior e a apresentação do programa "Pianíssimo" (Rede Vida).
Este é um pequeno resumo da carreira de Pedrinho Mattar publicado no Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira.
­­­­­­­----------------------------------------------------------------------------------
"O meu pai foi professor de música, mais especificamente de piano. Por ser o mais novo de uma família numerosa poucas lembranças tenho dele, a não ser fotografias e umas dez partituras de canções já amareladas pelo tempo que ele escreveu por volta de 1933/34. Nunca as ouvi, só sabia que eram bonitas, me disseram. Gosto de música, mas de ouvir apenas, porque o máximo que sei é colocar as sete notas numa pauta musical, coisa que aprendi no Colégio Marista. E aprendi também o que é aquele aparelhinho chamado diapasão..."

"Um dia mandei cópia de uma das composições de meu pai para o programa de Pedrinho Mattar, na Tv, explicando-lhe o motivo. Pensei que não fosse dar atenção, mas Pedrinho foi muito sensível. Leu a minha carta no ar, emocionou-se, e prometeu que faria um arranjo da canção. Pediu-me que ficasse atento aos programas seguintes, pois não faltaria com a palavra.
Infelizmente deixei de ver alguns programas, por isso não sei se o arranjo foi apresentado. Acredito piamente que sim, porém, constrangido, não lhe perguntei em que dia teria sido exbido. Mas isso pouco importa. Só aquele gesto tão humano, tão cheio de sensibilidade, tão próprio de uma pessoa do porte, do senso artístico e elegância de Pedrinho Mattar foi o suficiente para que eu considerasse o meu pai e suas composições mais do que homenageados naquela noite. Eis o motivo da emoção que sentimos ao saber pela imprensa que Pedrinho Mattar, nascido em São Paulo em 19-08-1936, tinha falecido em Santos, no dia 07 deste mês de fevereiro." (Adelino P. Silva)
----------------------------------------------------------------------------------

4 Comments:

Blogger O Meu Jeito de Ser said...

Adelino, sinceramente eu não conhecia Pedrinho Mattar, mas como ele estava se apresentando em casas noturnas da região,por ocasião de sua morte, ouvíamos todos os dias, um convite feito por ele, nas emissoras locais.
Também prá nós foi bastante divulgado a sua morte,em canais de televisão locais.
Ficamos então cientes do ocorrido na época.
Um abraço

quarta-feira, fevereiro 28, 2007 5:52:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

ANNA, as novas gerações não conheciam o Pedrinho Mattar. Ele era um dos "últimos dos moícanos". É assim mesmo: daqui a uns 10/15 anos, a geração atual estará se perguntando: Chico Buarque, Caetano, Gil, Beth Carvalho (!)? Nunca ouvi falar.
O Mattar tocava não apenas música popular como erudita. Eu via muito os seus programas na TV, de muito bom gosto. Gravei em VHS muitas de suas apresentações, que pretendo passá-las para DVD. Foi uma pena o seu desaparecimento.
Eu soube por acaso. Eu tinha colocado uma fita dele para ouvir, e fiz um comentário com minha filha. Ela pegou a VEJA e me mostrou uma "minúscula" notinha biográfica sobre ele.
Às vezes eu fico pensando: o corpo material não mais existe, porém, para que lugar teria ido tanto talento? O mesmo acontece com as pessoas não famosas, não artistas, mas dotadas de muita bondade, altruísmo, abnegação? Mistério, Anna. O negócio é viver e deixar viver, não é?
Pelo que relatei, senti-me no dever de prestar ao Pedrinho esta singela homenagem.
Abraços e obrigado.

quinta-feira, março 01, 2007 8:01:00 AM  
Anonymous Maria das Graças said...

Pedrinho Mattar na sua sensibilidade, nos deixou um legado maravilhoso com o seu piano, pois a recordação de suas melodias, sempre encantaram todos seus fãs.
Quem teve oportunidade de ouví-lo sabe como ele gostava de viver o Belo.
Sua trajetória de vida foi sempre encantar seus fãs por muito tempo.
Missão cumprida!
Bravos!
Até muito breve!

Maria das Graças.

sábado, maio 02, 2009 8:44:00 PM  
Anonymous Adelino said...

Muito grato pelo seu depoimento, Maria das Graças.
Abraço.

quarta-feira, setembro 16, 2009 8:28:00 PM  

Postar um comentário

<< Home