26 fevereiro 2007

AUSTREGÉSILO DE ATHAYDE

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Austregésilo de Athayde, o grande jornalista e escritor brasileiro (cadeira número 8 da Academia Brasileira de Letras), nasceu na cidade de Caruaru, Pernambuco, em 25-09-1895, e faleceu em 13-09-1993. Foi eleito presidente da ABL em 1959. Seguidamente reeleito lá permaneceu por 34 anos, ou seja, até o seu falecimento em 1993, no Rio, com 98 anos de idade.

Em 1985 a escola em que um de meus filhos estudava promoveu uma festividade para a cerimônia da troca de uma bandeira do Brasil, já castigada pelo tempo, por outra nova. Um dos convidados para discursar durante o evento foi Austregésilo de Athayde, mas ninguém acreditava que ele pudesse comparecer.
Eu, na qualidade de fotógrafo e cinegrafista amador (desde o tempo do 8mm), por isso sempre pronto para alguma novidade, compareci munido de minha Asahy Pentax 35mm, além de uma boa tele-objetiva. E eis que me aparece o Austregésilo, com aquela sua eterna simpatia. Quando o grande intelectual fazia o seu pronunciamento, não pensei duas vezes. Apontei-lhe a minha câmera e o "imortalizei" numa foto meio tremida pela emoção da oportunidade que a sorte de amador me proporcionava naquele momento...
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(Na foto de APS: Austregésilo de Athayde)
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23 Comments:

Blogger valter ferraz said...

Adelino, estás cheio de preciosidades!
Dt.Austregésilo de Athaíde juntamente com Alceu de Amoroso Lima e Barbosa Lima Sobrinho sempre foram para mim referências de honestidade, sabedoria e grande cultura. Infelismente já não os temos mais. Costumo dizer que vivemos uma era pobre, pois os grandes gênios e as grandes personalidades já se foram. Teimosamente temos ainda Oscar Niemeyer, mas até quando?
Grande abraço e parabéns pelos "guardados".
(PS: essa foto aí foi uma chapa, não?)

terça-feira, fevereiro 27, 2007 4:24:00 PM  
Blogger O Meu Jeito de Ser said...

Adelino, a foto está perfeita. Digna de um momento tão especial como esse.
Ah!quem nos dera ter mais Autregésilos em nossa convivência.
Mas tenho certeza que muitos jovens, estudantes mesmo, não sabem quem foi tal figura, nem mesmo o que representou e representa em termos culturais.
Educação e cultura pobres de nosso país.
Um abraço

terça-feira, fevereiro 27, 2007 5:30:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Valter, gostou de "desde o tempo do 8mm"? Nós já somos da época dos centímetros, né não? E não é foto, Valter, é retrato :) Também não é carro, é automóvel. E vai por aí... Bom dia, Adelino, desculpe o papinho com o Valter. Belo registro do Sr. Belarmino Maria Austregésilo Augusto de Athayde, que dedicou a vida às atividades literárias. Beijos.

quarta-feira, fevereiro 28, 2007 7:31:00 AM  
Blogger Adelino P. Silva said...

Interessante , Valter, quando eu estava preparando a postagem pensei a mesma coisa que você: estamos vivendo uma era pobre de grandes personalidades.
Um dos "últimos dos moicanos", o Niemeyer, felizmente está aí "salvando a pátria".
Agora é a vez das "celebridades" e dos BBB...
Abraços

quarta-feira, fevereiro 28, 2007 8:15:00 AM  
Blogger valter ferraz said...

Helô, na verdade eu sou do tempo dos 35mm, depois vieram os 16 e o campeão de todos: o Super-8!
E pneu do automóvel era chamado de pneumático, a bicileta tinha guidón,o astro das corridas era Juan Fangio, no Brasil José Carlos Pacce. Quem promovia as corridas era o "barão" Wilson Fittipladi(pai dos campeões Wilsinho e Émerson). Viu, Helô vc foi cutucar e eu abrí o meu baú.
Um abraço para você

quarta-feira, fevereiro 28, 2007 8:32:00 AM  
Blogger valter ferraz said...

É, Adelino hoje vivemos os tempos fugazes dos BBBs, fama instantânea a qualquer preço.
Filosofia já não é obrigatório no ginasial, língua estrangeira não é mais o latim e sim o inglesinho more or less de todo dia.
Aí dá no que dá: falta de valores, de princípios, ética virou palavra fácil na boca das pessoas. Vc já reparou como se fala: cidadania, ética, guerreira? Ninguém sabe nem o signficado dessas palavras.
Peça para definir ética e virão as mais estapafúrdias explicações. Sei lá, tem horas que me perco nas minhas perguntas.
Um abraço
(e desculpe se tergiverso. Gostou do tergiverso?)

quarta-feira, fevereiro 28, 2007 8:39:00 AM  
Blogger Adelino P. Silva said...

Anna, você disse uma coisa interessante dos jovens que, mesmo estudantes, ignoram figuras e fatos da nossa História, de todos os setores de atuação.
Mas tem uma boa parcela dessa juventude que tem interesse em saber "ao vivo". Um exemplo: outro dia, numa grande livraria aqui perto de casa (conheço o dono), casualmente fiquei conversando com três adolescentes, uma menina e dois meninos colegiais de uns dezessete anos. Queriam saber tudo, nos detalhes: como era o Rio na época do segundo governo Vargas, o atentado ao Lacerda, os tanques do Lott na rua, Café Filho, Carlos Luz, os golpes, contra-golpes, Jânio Quadros, João Goulart, Castello Branco, os Anos Dourados, JK, Collor. Parece que queriam ouvir de alguém que tivesse vivido aquele tempo. Foi legal, mas depois de uma hora tive que pedir licença a eles e ir embora, senão o papo ia longe e eu tinha outras obrigações. O engraçado é que começavam a pergunta sempre assim: "É verdade que...?" Isso é sintomático, pois já começam a duvidar de certas doutrinações, de certos dogmas que lhes são passados.
O mais bonito foi que me agradeceram pela "palestra improvisada", ficaram de pé, a menina me beijou cordialmente, pegaram em minha mão. E disseram que gostariam de ter outra oportunidade dessas.
Fiquei emocionado, recompesado, "gratificado".

E no dia seguinte, quando já tinha me esquecido deles, passa um jovem "voando" num skate, e abana de longe a mão pra mim, agradecendo novamente. Na hora não entendi o motivo, depois foi que notei que era um dos meus "ouvintes" do dia anterior.
Anna, desculpe-me pelo texto longo.
Abraço

quarta-feira, fevereiro 28, 2007 8:52:00 AM  
Blogger Adelino P. Silva said...

Helô, não vem com essa não. O Arnaldo Jabor, que é um "pouco' mais jovem do que eu já citou em suas crônicas pelo menos três coisas materiais que temos em comum (ele e eu): leu Coração (lembra-se?), leu Carlos Zéfiro (o Valter também, e depois foi confessar...) E o Jabor falou também de uma câmera filmadora Kodak 8mm, da Eastman Kodak Co. de 1942, do avô, segundo ele... Pois é, eu tenho uma câmera igualzinha, e com o Manual... Mas eu a aquiri há uns quinze anos numa Feira de Antiguidades. Qualquer hora faço um post com ela...
A 8mm (bitola do filme) que tive (está guardada, saiu de uso) foi a primeira. Rodava à corda (tipo relógio), Zoom 3x, filmagem quadro-a-quadro. Só. Depois veio a Super-8 (Sankyo), a Super-8 Sonora (uma complicação danada que depois explico). E depois VHS etc. Digital... Tudo agora é digital. Enquanto o pessoal está gritando gol lá fora, na sua TV o atacante nem recebeu o passe ainda... É bom porque não assusta. Quando a bola entra no gol do Vasco já é um fato consumado. Só lamento.

Vamos lá: a Helô, Valter, não conta que ela já "bateu uma chapa" no tempo em que o flash era um monte de pólvora que o "lambe-lambe" acendia com o isqueiro, isto é, com a "binga"...

Que ela também é apaixonada por fotografia; que mais recentemente teve a "pachorra" de invadir um canteiro de flores que ornamenta o busto de Belmiro Braga, lá em Juiz de Fora, em plena hora do rush para "bater" uma "chapa" daquele poeta... Amassou flores, pisou em margaridas, uma coisa danada.
E "gazeteou" aula alegando ir ao dentista, mas era para ver a estréia de um filme que adorava. Deu azar, foi fotografada, e saiu na primeira página do jornal, que era lido pelo seu professor no dia seguinte...

Viu, Helô, te entreguei...
Beijos.

PS - E tem mais: ela ouve discos do Caruso (daqueles discões gravados de um só lado), da RCA Victor (A Voz do dono) numa "victrola" à corda, com agulhas, da "Casa Edson"... rsssss. Viu só?

PS - Desculpe-me, Helô, é tudo brincadeira. Obrigado pela visita.

quarta-feira, fevereiro 28, 2007 9:43:00 AM  
Blogger valter ferraz said...

Adelino, esse contato com a mulekada é bom. Faz bem para ambos os lados. Para eles pque ficam sabendo dos fatos ocorridos num passado nem tão distante assim, para nós pque temos a oportunidade de reviver os fatos e afastar as chances do alzhaimer nos atacar.
Grande abraço
(gostaria de ter presenciado a palestra, pois tem muita coisa que eu não viví)

quarta-feira, fevereiro 28, 2007 10:16:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

Valter, enquanto eu escrevia os "testamentos" para a Anna e a Helô, você postava este comentário.

Você e Helô "bolaram as trocas", isto é "trocaram as bolas": filmes de bitolas 8mm, Super-8, Single-8 eram usados em câmeras (ou máquinas...) "domésticas" (home). As famílias com bom poder aquisitivo geralmente usavam as de bitola 16mm, sendo a mais famosa a Paillard Bolex. Os filmes 8, na verdade, eram fornecidos em rolos de 16mm. A câmera filmava uma banda de 8mm. Terminado um lado, virava-se o carretel, e filmava-se o restante. Revelados, colavam as duas partes e OK. Tinham duração de cerca de 150 segundos. Isso mesmo: 3,5 minutos. Depois quiseram sonorizar filmes 8mm. Algumas lojas colavam nos filmes já revelados bandas magnéticas, uma espécie de fita de gravador, bem fininha. A sonorização era feita no projetor. Uma droga. Em pouco um tempo a fitinha soltava, e era terrível. Mais tarde, vieram os super-8 com a banda já colocada, de fábrica. Melhorou um pouco, mas nem tanto.
Os cinemas comerciais usavam, no início (priscas eras), projetores de 16mm, previamente sonorizados (som ótico). E para encerrar, não o assunto, mas o comentário, as de 35mm eram apenas para filmes dos circuitos comerciais. E tem os 70mm, utilizados hoje, Cinemascope etc etc....
Isto tudo para dizer que 8mm e super-8mm e, eventualmente, 16mm eram para amadores, e 35mm, para profissionais.
Valter, um abraço.

quarta-feira, fevereiro 28, 2007 11:40:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

Valter, espero que a Helô não tenha se assustado com esse meu "palavrório" todo.
A minha filha - acho que já contei - outro dia me disse que meus comentários são maiores do que os posts.
Valeu, Valter.
Grande abraço.

Ah, gostei, claro do "tergiversar".

quarta-feira, fevereiro 28, 2007 11:50:00 AM  
Blogger valter ferraz said...

É, Adelino a enciclopédia mesmo! Eu nunca me liguei muito nesses assuntos mas lembro que durante muito tempo meu sonho de consumo foi ter uma filmadora Super-8 para rodar os roteiros que escrevia. Ainda bem que nunca conseguí comprar, senão voces iam ver as "obras"(não de arte, mas no sentido de obrar, mesmo) que teriam saído.
Abraço, companheiro

quarta-feira, fevereiro 28, 2007 4:20:00 PM  
Blogger O Meu Jeito de Ser said...

Bom Adelino, se por acaso a Helô, não era formada em fotografia,vai sair assim daqui, depois dessa aula que voce deu aí prá nós.
Dá-lhe Adelino!
Um abraço

quarta-feira, fevereiro 28, 2007 5:47:00 PM  
Blogger Adelino P. Silva said...

VALTER, olha o meu cochilo: (...)150 segundos. Isso mesmo: 3,5 minutos."
O certo é: "210 segundos" = 3,5 minutos...

Não somente para filmar as obras, Valter, mas também a história da família. O meu irmão filmou o meu casamento com uma Kodak 8mm, tem a duração de uns 2,5 minutos. É uma preciosidade. Já converti para VHS, e atualmente para DVD.
Tenho um filme 8mm colorido da minha esposa, então namorada, nos jardins do Museu de Arte Moderna. Ela está linda. Haja emoção, meu caro Valter Ferraz, mas por outro lado, você vê a pessoa viva.
Grande abraço.

Ps - Viu só, Valter. Isto tudo nasceu de uma simples frase da Helô: "desde o tempo do 8mm"...

quarta-feira, fevereiro 28, 2007 5:48:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

ANNA, além de entender muito de fotografia, a Helô, é uma excelente professora voluntária.
Ela tem uma didática como poucas pessoas têm. E é um amor de pessoa, sempre pronta a ensinar. Eu aprendi muito com ela. E acho que ela aprendeu pouco comigo.
E tenho aprendido com vocês também.
Um abraço do
Adelino

PS - Anna, num dia desses vou fazer um post dedicado a você, que entende de crochet e afins. Antes é bom eu esclarecer que não entendo nada disso. Supresa!!!
aps

quinta-feira, março 01, 2007 7:34:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

ANNA, além de entender muito de fotografia, a Helô, é uma excelente professora voluntária.
Ela tem uma didática como poucas pessoas têm. E é um amor de pessoa, sempre pronta a ensinar. Eu aprendi muito com ela. E acho que ela aprendeu pouco comigo.
E tenho aprendido com vocês também.
Um abraço do
Adelino

PS - Anna, num dia desses vou fazer um post dedicado a você, que entende de crochet e afins. Antes é bom eu esclarecer que não entendo nada disso. Supresa!!!
aps

quinta-feira, março 01, 2007 7:34:00 AM  
Blogger O Meu Jeito de Ser said...

Pronto já fiquei curiosa com o post sobre meu tricot, mas vou esperar.
Quanto à Helô, vou lá conhece-la.
Um abraço

quinta-feira, março 01, 2007 5:57:00 PM  
Blogger Adelino P. Silva said...

Anna, o post já está lá.
Espero que goste.
Abraço

sexta-feira, março 02, 2007 8:30:00 PM  
Blogger Adelino P. Silva said...

Os comentários às vezes saem repetidos porque como não uso (não funciona) o Visualizar, e o Publicar está uma "carroça",sem querer, pra adiantar o serviço, clico mais de uma vez. Ou seja: quando penso que foi não foi, quando penso que foi, foi. Bom deixa pra lá. Fui...

sexta-feira, março 02, 2007 8:44:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Adelino
Obrigada pelos elogios. Eu aprendi muito com você sim. Dizem que sou boa professora. Aliás, em véspera de aposentadoria, o que mais tenho feito é ensinar, ensinar e ensinar. A garotada tem gostado, o que me deixa feliz. Acho que vou sentir muita falta da turma de 20 e poucos anos, com quem me dou muito bem.
Anninha! Depois dizem que mulher fala muito! Viu só?
Abraços.

sábado, março 03, 2007 8:06:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Helô, desculpe-me por escrever somente hoje. Você está muito novinha para aposentar, mas tudo bem. Eu prometo que vou comparecer à noite de autógrafos do seu primeiro livro, que certamente deverá ser lançado dentro dos próximos três anos...
Beijos

segunda-feira, março 05, 2007 6:28:00 PM  
Anonymous Maria das Graças. said...

Este ilustre professor,jornalista, cronista, ensaísta e orador, nasceu em Caruarú.PE
Colaborador do Jornal:
A Tribuna,também foi exilado por se opôr a revolução de 1930, e do movimento constitucionista de São Paulo em 1932.
Pertenceu a Academia de Letras e disse :
_"O Amor é a força de maior intensidade que move o coração.Todas as dores humanas tiveram origem no Amor, simbolicamente representado pelo erro paradisíaco".

"Viver é cultivar os valores espirituais para superar os embaraços materiais;e chegar a conclusão de que, em última análise, todo balanço geral, a vida é boa".

sexta-feira, maio 15, 2009 11:18:00 PM  
Anonymous Adelino said...

Maria das Graças, embora atrasado, agradeço pelo seu comentário que serviu para acrescentar conhecimentos sobre a vida de Austregésilo.
Um abraço.

quarta-feira, setembro 16, 2009 8:14:00 PM  

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