25 setembro 2007

O "MEU" CINEMA - (Parte 1)


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Encontrei este texto que escrevi há alguns anos relatando minha experiência de criança com relação ao cinema, como arte e técnica. Achei interessante, por isso resolvi arriscar-me a publicá-lo, porém em forma de capítulos, porque pelo menos assim não ficaria tão enfadonho de ser lido, caso alguém se interesse. Fiz algumas revisões, mas mesmo assim peço-lhes desculpas pelos erros e omissões. Afinal, não tenho o dom da escrita como os nossos queridos leitores Anna, Cristiane, Eduardo, Ery, Helô, Lord Broken, Luci, Márcia, Marilia, Meire, Paula, Peri, Sonia, Strix, Valter, Yvonne, e tantos outros. Sei que corro o risco de ter “zero comentário”, mas tudo bem. Pelo menos as minhas impressões aqui ficarão registradas. Dito isto, vamos ao nosso “seriado”. Espero que não saiam antes do THE END...
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Tive o privilégio de ser criança na minha pequena cidade do interior de Minas Gerais, Uberaba (Triângulo Mineiro). Hoje ela é uma metrópole, por isso não é de ninguém. Fui criança numa época em que todos - indistintamente - se encantavam com o cinema, a chamada “sétima arte”. Se me perguntassem quais as outras seis eu não saberia dizer. Era a fase de ouro do cinema, e cinema era sinônimo de Hollywood: ilusões, desilusões, paixões, decepções e sonhos. Tudo isso vinha enlatado nos vagões da Rede Mineira de Viação ou nos trens da Estrada de Ferro Mogiana.

Na cidade havia três cinemas: Cine-Teatro São Luiz, Cine-Theatro Royal e Cine-Teatro Metrópole. Segundo me informou recentemente um pesquisador da UNIUBE, uma das grandes universidades locais, o Cine-Theatro Royal (com "Th" mesmo) deixou de ser cinema. Teve sua característica arquitetônica externa preservada, porém suas instalações internas foram transformadas numa rendosa pizzaria. É bom que não acabe em cinzas... Tempos depois foi inaugurado mais um cinema: o Cine-Teatro Vera Cruz. Ficamos "orgulhosamente" com quatro... Quanto mais cinemas, mais status para a cidade, diziam.

O curioso é que somente em duas ocasiões pude ver um dos cinemas ser utilizado como teatro, o Metrópole: a primeira foi numa apresentação do então popularíssimo humorista Brandão Filho, da Rádio Nacional do Rio, e a outra, da Orquestra Típica Argentina, de Francisco Canaro, com seus bandoneóns e violinos. Eu assisti às duas apresentações, e se outras aconteceram, não foram divulgadas. Por isso os tais cine-teatros eram, na realidade, muito mais cines do que teatros... (CONTINUA)
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Imagem capturada da Internet (Uberaba)
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19 Comments:

Blogger valter ferraz said...

Adelino, pronto. Não vai ficar mais com "zero comentários".
É sempre bom falar das coisas que nos encantaram a infância.
O cinema em muitos lugares era a única diversão e ainda fonte de cultura. num tempo que não tinha nem a televisão. Inclusive, considero o cinema muito mais educativo.
Boa postagem. Aguardamos as partes 2,3,4 e quantas mais vbierem.
Grande abraço

quinta-feira, setembro 27, 2007 9:43:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

Caro amigo,

Me deu saudades da minha infância nas sessões "matinês" no cinema...rs

Saudades de vc, está tudo bem?
Desejo que sim...Um bom fim de semana, Beijo, Cris

quinta-feira, setembro 27, 2007 1:45:00 PM  
Blogger Ana Leticia said...

Que bobagem é essa de "zero comentários"? Afinal de contas, escrevemos para nós mesmos, não é sêo mineirinho, uai!?
Os grandes cinemas enoooooormes de BH foram: ou transformados e cinzas, ou viraram bingos, ou ainda igrejas evangélicas. Agora contentemo-nos com Cineplex, Cinemark, e mais qq outra coisa que venho dos "isteites". rs
Belo texto. Quero a continuação!
Beijo
Ana
www.mineirasuai.blogspot.com

sexta-feira, setembro 28, 2007 12:26:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

Adelino, primeiro gostaria de comentar sobre o que você disse de não ter o "dom da escrita". Claro que tem! Seus textos são leves, interessantes, corretos e de fácil compreensão, o que torna a leitura sempre agradável. Aguardo os próximos capítulos. Na minha terra natal, infelizmente os dois cinemas da minha infância não mais existem. Um virou supermercado, o outro igreja evangélica. Que tristeza!
Beijos.

sexta-feira, setembro 28, 2007 10:59:00 AM  
Blogger Lord Broken Pottery said...

Adelino,
No que depender de mim, irei até o fim, ou o the end. Como já disse várias vezes adoro reminiscências, principalmente as que falam sobre cinema. A sétima arte tem um espaço muito grande em meu coração. Não sei porque lembrei de um filme brasileiro, lindíssimo, que vi recentemente: "Cinema, urubus e aspirina". Posso ter errado a ordem. Também mostra a relação com o cinema.
Aguardo a próxima postagem.
Abração

sexta-feira, setembro 28, 2007 1:04:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Valeu, Valter. Foi como eu disse: se "zero de comentários" pelo menos ficam os registros.
Mas se dependesse de você no "zero" não ficaria nunca.
Grande abraço, e obrigado.
PS - Agora aguente: vem aí o 2, 3, 4 5...

sexta-feira, setembro 28, 2007 4:34:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

É mesmo, Cristiane. Eu não contei, mas depois das matinês de domingo eu voltava para casa com uma bruta dor de cabeça. Tomava 1/4 de Melhoral, dava uma dormida, e depois lia ler o Gibi tri-semanal...
Beijos, e feliz final de semana para você e os seus.

sexta-feira, setembro 28, 2007 4:42:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Ana, já fui chamado de mineiroca... Estou por aqui há mais de cinquenta anos. Sou apaixonado pelo Rio, mas não me esqueço da minha cidade natal, que amo também. Mas ela cresceu demais e hoje é amada por muitos. E tenho um orgulho enorme de ser mineiro, apesar de ser do Triângulo Mineiro, região que já tentou se separar de MG, e pertenceu a três estados brasileiros diferentes: SP, GO e a própria MG...
Aí de BH em me lembro do Metro (ou Metrópole), ainda tem?
Foi bom você ter pedido a continuação. Sinal de que a "platéia" não vai ficar restrita ao "lanterninha".
Anna, vou linkar você, visitar seu blog, e espero que volte sempre.
Beijo

sexta-feira, setembro 28, 2007 4:55:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Helô, lembra-se do "querer elogio"? Não é o caso, sei das minhas limitações. E é claro que vocês se expressam escrevendo melhor do que eu.
Para colocar o texto no blog tenho de "enxugá-lo" ao máximo. Vai apenas o essencial. E parece que isso é bom para que eu seja mais conciso.
Fiquei alegre que tenha interesesse nos "next chapters". Vamos ver. Acho que me meti numa empreitada difícil, e agora não tem retorno...
Pelo menos a fachada de algum cinema da sua terra, o mais tradicional, deveria ter sido preservada. Não foi?
Beijos.
PS - Gostei muito da sua presença aqui.

sexta-feira, setembro 28, 2007 5:06:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Lord, sei que gosta de reminiscências da infância também, principalmente se relacionadas com cinema.
O filme que você citou eu não vi. Mas deve ser interessante, e vou pesquisar para ver se vejo. Deve ter sido no Canal Brasil, não?

O seu aguardo da próxima postagem (parte 2) é um incentivo valioso.
Vai sair logo mais.
Grande abraço

PS - Tenho comentado pouco porque essa "máquina" anda lenta...

sexta-feira, setembro 28, 2007 5:13:00 PM  
Blogger marilia said...

Amigo...
Como eu fiquei tanto tempo sem vir aqui???
Foi uma semana dificil, trabalhei a bessa!
mas estou tronxa de saudades...
vou comentar por partes, como vc faz!!!!
já, ja, quando acabar a novela...(rsss)
bjos e intée já.

sexta-feira, setembro 28, 2007 9:25:00 PM  
Blogger marilia said...

ah...acabei de ler o primeiro capitulo!!!
quer dizer então, que o senhor é de Uberaba...
mineirinho do triangulo!
e que lembrança boa, adelino...
Tá me cheirando um certo filme italiano...rsss bjos

sexta-feira, setembro 28, 2007 9:34:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

adelino
Vamos acompanhar atentamente sua saga cinematogràfica.

sexta-feira, setembro 28, 2007 10:20:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

"Amigo...
Como eu fiquei tanto tempo sem vir aqui???" (Frase de Marilia Alvarenga)...

Eu também pergunto isso.
Fiquei te devendo o comentário sobre o seu Carnaval em São João D´El Rey, mas passou, e perdeu a oportunidade. Fica pra próxima.

Marilia, custa-me acreditar que você vê novela. Incrível. Quase deixo de falar com uma irmã porque conversávamos pelo telefone e de repente notei que ela estava "com um olho na missa e outro no "padre"", ou melhor, com um ouvido no telefone e outro na TV. Perguntei se ela estava ocupada. Ela me respondeu perguntando se eu não via novela... Entendi tudo: eu estava atrapalhando. Pedi desculpas e prometi ligar mais tarde. Você ligou pra ela, Marilia? Nem eu... Mas respeito quem gosta.

Marilia, claro, eu já disse que nasci em Uberaba, mas vim novinho estudar aqui e cá fiquei. Profundas raízes cariocas, sem entretanto, deixar de amar a minha "home town". Mineiroca, é o que sou,embora, como disse (eu disse?) hoje tenho mais paixão pelo Rio do que pela minha cidade. Ela progrediu muito, cresceu demais, virou metrópole. Não é de ninguém, é de todos.
Beijos
Adelino

sábado, setembro 29, 2007 10:49:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

Peri, gostei do incentivo. Pelo jeito não teremos "zero de bilheteria"... Valeu.
Grande abraço.

sábado, setembro 29, 2007 10:51:00 AM  
Blogger O Meu Jeito de Ser said...

Adelino, sabe o que todos nós gostamos mais de ler em seus posts?
É que eles nos fazem viajar contigo. Perecebeu que todo post seu, alguém tem algo relacionado a contar?
Pois é, isso eu chamo de prender a atenção do leitor, portanto nada de dizer que não escreve bem.
Chegamos a virar aqui a semana comentando e trocando comentários entre nós leitores. Um que responde ao outro, que complementa o pensamento do outro, e assim nos sentimos aqui em uma roda de amigos.
Isso é muito gostoso.
Cinema, na minha cidade só teve um, que hoje também não existe mais, mas era lá que também assistíamos os filmes desejados, sonhávamos com um mundo tão diferente e em outras vezes tão iguais ao nosso.
Era lá que namorávamos ou encontrávamos nossos pretendentes.
A cidade é muito pequena, até hoje, e acabou se tornando a cidade dormitório de uma cidade maior e muito próxima que é Pres Prudente.
Como também demorei para chegar, vamos ao próximo.
Um beijo

domingo, setembro 30, 2007 6:36:00 AM  
Blogger marilia said...

Acredite, paguei lingua nessa historia de novela...
vivia debochando de quem via,mas essa, me pegou de jeito e fiquei grudada na telinha!!!!
adelino, mineiroca, vc é mais carioca ,pois incorporou o espirito e alma desse povo q'eu adoro...final, alavrengas são antes de tudo sanjoanenses com alma carioca, com uma pitada de barroco...rsss
bjos
ps: vai lá ver o que o mario me contou!!!!!

domingo, setembro 30, 2007 11:28:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

Anna, peço-lhe desculpas pela demora na atenção ao seu comentario.
Li com bastante interesse o que escreveu. É relamente ótimo quando vemos que um simples post envolve diversos leitores amigos num comentário. Como se diz: "Uma conversa puxa outra", não é?
Muito obrigado, Anna.
Um beijo

quarta-feira, outubro 03, 2007 4:00:00 PM  
Anonymous Anônimo said...

Marilia, não se preocupe com isso. Eu estava só brincando.
Eu não gosto de novela simplesmente porque se gostamos de algum personagem ou mesmo um artista, temos que esperar muito tempo para que eles apareçam em cena. Por isso, não aprecio.
Já em filmes é diferente. Em no mínimo 70 por cento do filme apreciamos o trabalho do nosso ator/atriz preferido. Além do que dura apenas no máximo 2 horas, enquanto uma novela, meses.

Já fui ver a entrevista do Mário. Deixei comentário, ficou ótima.
Só achei que foram poucas as perguntas. Fica a sugestão para as próximas.
Beijos

Beijos

quarta-feira, outubro 03, 2007 4:07:00 PM  

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